Dos oito aos 11 anos, o jovem Bruno Matos, hoje com 21, sofria bastante na escola. Tudo por causa dos cabelos longos que mantinha na época. A reação dos colegas foi dura. O bullying que recebia não deixou cicatrizes, mas o marcou profundamente.“Eu sofria muito preconceito por isso. Era excluído (pelos colegas). Até os 11 anos eu era vítima de bullying por causa do meu cabelo, tanto é que cortei e nunca mais deixei crescer”, conta o jovem aprendiz da Santa Casa de São Paulo. “Minha mãe chegou até a ir à escola resolver isso. Eu tinha só um amigo na época. Não desejo para ninguém, tem que ser forte.”O caso de Bruno ilustra como eram as perseguições antes das redes sociais alcaçarem o tamanho que têm hoje. O avanço da tecnologia permitiu o surgimento do cyberbullying, cujo a principal diferença é a possibilidade de anonimato. “Acho que não tem como eliminar isso. Sempre existirão pessoas ruins e essa intolerância. Agora, há uma voz para elas (a internet)”, afirma o youtuber Luba, que tem 5 milhões de inscritos em seu canal sobre comportamento.Durante o Bate-Papo Lado A Lado B, o youtuber contou como, mesmo sendo querido por seus milhares de seguidores, desperta a ira de pessoas que utilizam o anonimato para agredir verbalmente na internet. “Assusta. Mas tento relativizar. É difícil não ficar chateado ou com medo. Algumas pessoas perdem a noção e ferem mesmo.”