Geral

Câmara de Goiânia mantém nome da Avenida Castelo Branco

Diomício Gomes/ O Popular
Em votação na manhã desta terça-feira (22), após quase três horas de debate, o veto foi mantido por 24 votos a 8

Sob pressão de empresários, a Câmara de Goiânia manteve o veto do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) e decidiu não alterar o nome da Avenida Castelo Branco para homenagear o ex-prefeito Iris Rezende, morto em novembro do ano passado. 

Em votação na manhã desta terça-feira (22), após quase três horas de debate, o veto foi mantido por 24 votos a 8.

Comerciantes da avenida fizeram protestos no plenário da Câmara na semana passada, que provocaram a não abertura da sessão por falta do quórum, e no Setor Campinas nesta segunda-feira (21). Eles também estavam presentes no Legislativo nesta terça-feira.

A troca do nome da avenida havia sido aprovada por unanimidade na Câmara em 21 de dezembro. No dia 11 de janeiro, o prefeito encaminhou o veto à Casa, sob alegação de que não havia abaixo-assinado com consentimento de moradores e comerciantes da região e que a troca traria transtornos à população.

A Procuradoria da Câmara fez parecer que considera o veto antijurídico e descarta a necessidade de abaixo-assinado. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa aprovou na quarta-feira (16) a derrubada do veto do prefeito.

Na estreia da liderança do Prefeito na Casa, o vereador Anselmo Pereira (MDB) liberou a bancada da base para votar como quisesse. 

O autor da proposta, vereador Clécio Alves renunciou à liderança da bancada do MDB, por conta da posição de Anselmo e do vereador Henrique Alves (a favor do veto) e chamou de "vermes" os colegas que mudaram de posição. "A pior coisa do homem é a covardia", afirmou.

Os vereadores que votaram pela permanência do veto afirmaram não ter conhecimento anteriormente dos "transtornos" que a mudança provocaria aos comerciantes da região. Outros disseram ter assinado a homenagem sem saber que representaria a troca da Castelo Branco ou que têm direito de mudar de opinião.

Diante dos protestos, a família de Iris havia divulgado carta na semana passada em que pedia consenso e dizia que "nem Iris nem Goiânia merecem que o nobre objetivo de homenageá-lo seja uma corrida de obstáculos".

Diomício Gomes/ O Popular
A troca do nome da avenida havia sido aprovada por unanimidade na Câmara em 21 de dezembro
Comentários
Os comentários publicados aqui não representam a opinião do jornal e são de total responsabilidade de seus autores.
ANUNCIE AQUI