Com a proximidade das festas de fim de ano e, consequentemente, aumento no movimento do comércio de Goiânia, lojistas do maior polo de moda do estado reclamam da presença de vendedores ambulantes no local.Presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER 44), Chrystiano Câmara diz que, mais de três semanas depois do lançamento da Operação Boas Compras, a Prefeitura de Goiânia tem sido omissa na fiscalização.Segundo o líder classista, as secretarias de Planejamento Urbano (Seplanh) e de Mobilidade (SMM) foram acionadas, em vão. “É lamentável, porque são nos três últimos meses do ano que temos o nosso melhor movimento”, afirma.De acordo com Câmara, nesse período os lojistas têm a expectativa de recuperar as perdas causadas pela pandemia e crise econômica. “Em vez disso, enfrentamos esta competição desleal contra camelôs que obstruem as ruas, atrapalham o trânsito e não pagam impostos. ”A AER 44 distribuiu, nesta quarta-feira (20), uma série de fotos e imagens de circuitos de segurança que mostram calçadas e ruas com presença de vendedores informais. A reportagem esteve no local e flagrou vários vendedores nas ruas e calçadas, no período da tarde desta quarta-feira (20).Segundo Câmara, os lojistas ficaram sete meses fechados, devido às restrições impostas por decretos da Prefeitura para conter a circulação do coronavírus Sars-CoV-2. “Os ambulantes nunca pararam”, diz.A Guarda Civil Metropolitana afirma que tem empenhado equipes da base fixa da região. A corporação diz que, em 15 dias, fez 80 apreensões, com mais de 120 volumes de itens. Também cita que 15 veículos foram apreendidos por estacionamento em local irregular.Já a Secretaria Municipal de Mobilidade afirma que montou uma operação para “proibir estacionamentos proibidos e garantir fluidez do trânsito na região, com a presença de agentes diariamente”. De acordo com a SMM, desde o início da Operação Boas Compras, registrou 83 infrações e removeu mais de 30 veículos estacionados em locais proibidos pela sinalização na Região da 44.A Secretaria de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) afirma que incrementou o número de fiscais na região, “o que resultou num aumento de cerca de 50% nos autos de infração e apreensão na região”. E que os ambulantes ocupam o local no momento de troca de plantão dos auditores. (Colaborou Joyce Vilela Merhi, estagiária do convênio GJC/PUC-GO)