A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros retomaram as buscas para tentar encontrar o corpo do menino Pedro Lucas, de 9 anos, desaparecido desde o dia 1º de novembro de 2023, em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. As equipes estão concentradas em uma região de mata próximo à casa do garoto, nesta segunda-feira (29). Segundo informou o delegado à frente do caso, Adelson Candeo, as novas buscas são um complemento de um local onde o acesso ficou muito difícil na outra ocasião, por conta do acúmulo de material descartado naquele lugar. A polícia trabalha com a suspeita de homicídio, sendo o padrasto do garoto, o pedreiro José Domingos, o principal suspeito. Ele está preso desde o dia 8 de dezembro. Em nota, enviada para a reportagem no dia da prisão do padrasto de Pedro Lucas, a defesa de José Domingos informou que ainda não teve acesso integral ao processo e das provas colhidas durante toda a investigação. O advogado Felipe Mendes disse que o cliente "sempre negou o cometimento de quaisquer crimes contra seu enteado e colaborou com a investigação, apresentando-se ao delegado de polícia todas as vezes que foi intimado". Conforme as investigações, uma testemunha disse ter visto o padrasto de Pedro Lucas com uma mala no dia do seu desaparecimento. Uma amiga do menino também contou em depoimento que a relação dele com o padrasto não era boa. O padrasto dele odiava ele, o Pedro ficava chorando lá no canto do quarto dele. O Pedro me falava que o padrasto era chato, feio e ele nunca queria ter ele em sua vida. Eu sei que o padrasto e a mãe dele batia nele de cinto porque eu via as marcas nas costas dele". Relembre o caso Pedro Lucas Santos foi visto pela última vez no dia 1º de novembro. De acordo com o delegado, o menino saiu de casa para levar o irmão mais novo, de 6 anos de idade, até a escola. Depois das aulas, Pedro Lucas só foi avistado por câmeras de segurança, andando próximo à casa da família. Nas imagens, o menino aparece usando uma regata azul, chinelos e um short. A mãe de Pedro Lucas só registrou um boletim de ocorrência no dia 5 de novembro, quatro dias após o desaparecimento do menino. Segundo o delegado, inicialmente, a mãe contou que o filho chegou em casa, almoçou e avisou ao padrasto que iria para a casa da avó. No entanto, em seguida, a mãe desmentiu a versão, dizendo que inventou aquilo para justificar a demora em registrar a ocorrência.