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Charretes flagradas disputando 'racha' estavam a 50 km/h, mostra laudo

Polícia Civil
O cavalo que sofreu a queda apresentava lesões aparentes, mas não tinha fraturas

As charretes flagradas disputando um racha na Rodovia Raposo Tavares, no início de outubro deste ano, em Mairinque, cidade do interior de São Paulo, chegaram a atingir velocidade superior a 50 quilômetros por hora.

Conforme a Polícia Civil, um laudo elaborado por peritos concluiu que essa foi a velocidade média das charretes durante a corrida. Os cavalos atingiram velocidade ainda maior quando foram fustigados pelos condutores dos veículos de tração animal. Um dos equinos caiu e sofreu ferimentos.

De acordo com a delegada Fernanda Ueda, que abriu inquérito para apurar a conduta dos charreteiros, o laudo foi elaborado com base em vídeos postados em redes sociais por motoristas que trafegavam pela rodovia.

Alguns carros tiveram de usar o acostamento para ultrapassar as charretes, que tomavam as duas pistas da Raposo Tavares, na altura do km 65, em Mairinque. Os animais e os veículos também foram examinados.

O inquérito, em fase de conclusão, aponta crimes de maus tratos aos animais e por colocar em risco a integridade de outras pessoas. Em caso de condenação, as penas somadas podem chegar a três anos de prisão. Os homens que conduziam as charretes foram ouvidos pela Polícia Civil, mas não tiveram as identidades divulgadas.

Conforme a delegada, os suspeitos alegaram que estavam apenas exercitando os animais e que a queda de um dos cavalos foi um acidente. Ainda segundo a versão apresentada, os animais estavam com ferraduras apropriadas para trafegar no asfalto e as charretes são veículos leves, desenvolvidos para não causar fadiga aos equinos. Desde o flagrante do racha, a Polícia Militar Rodoviária passou a fazer rondas frequentes nesse trecho da rodovia.

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