As baixas temperaturas de junho fizeram com que a população retirasse os cobertores e os casacos do armário para se proteger das frentes frias. Porém, além do frio, também aumentam as preocupações com o número de casos de síndromes respiratórias em Goiás, que segundo especialistas, tendem a aumentar durante o inverno goiano, marcado pela seca e baixa umidade.Até a tarde desta quarta-feira (21), o estado já havia registrado 4.745 casos de síndromes respiratórias, a maioria, em crianças e idosos, aponta segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES).A médica alergista e imunologista, Patricia Rodrigues Ferreira Marques , que atende no Órion Complex, explica que com a chegada do inverno as síndromes gripais ficam mais incidentes devido ao aumento da circulação dos vírus e a aglomeração de pessoas em ambientes fechados, elevando o risco de contágio.Além disso, o frio e a baixa umidade do ar, condição típica do inverno goiano, funciona como um gatilho para crises de asma e agravo de outras doenças respiratórias.“Os casos mais graves também aumentaram, já que as pessoas ficam mais suscetíveis a infecções resistentes, podendo ter infecções secundárias de bactérias. Isso acarreta um quadro mais grave de doença”, explicou.CuidadosPatrícia orienta que a população deve seguir cuidados simples, que podem impedir infecções durante o período. Ingerir muito líquido, além de se alimentar bem e não ficar exposto ao frio são alguns dos métodos que podem ser adotados. Manter as mãos higienizadas e hidratar as narinas também são práticas que devem ser realizadas.“Com a pandemia recordamos hábitos de higiene que haviam sido esquecidos e enfatizamos outros que não dávamos muita importância. De um modo geral, com esses cuidados simples, conseguimos nos proteger e manter nossa saúde”, concluiu.