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Cirurgiã plástica investigada por morte de paciente que fez lipo já foi denunciada outras vezes

Reprodução/Lorane Rosique

A médica Lorena Duarte Rosique, investigada pela Polícia Civil (PC) pela morte de uma paciente que teve complicações após realizar um procedimento cirúrgico com a profissional, tem o nome envolvido em quatro inquéritos policiais por lesão corporal, segundo informações da PC. A Polícia Civil apura se a morte da enfermeira Giselle Dias da Silva Barros, de 42 anos, tem ligação com a lipoaspiração que ela realizou. 

Procurada pelo reportagem, a defesa da médica afirmou, na tarde desta sexta-feira (7), em nota, que em todos os casos a equipe da profissional realizou visitas aos pacientes durante o pós-operatório e o contato com os mesmos era constante e direto. 

“As acusações e processos abertos contra a cirurgiã são voltadas à responsabilidade pelo resultado, o que nem sempre pode ser garantido, já que o organismo de cada indivíduo tende a reagir de formas diferentes após cirurgias e o resultado final é puramente financeiro, com base inclusive nos direitos da relação de consumo protegidas pelo Código de Defesa do Consumidor”, diz um trecho do comunicado (Leia íntegra ao final da reportagem).

Inquéritos

Segundo informações confirmadas pela TV Anhanguera, os quatro inquéritos que envolvem o nome de Lorena Duarte Rosique são de 2021 e 2022 e já foram concluídos. Os autos já foram encaminhados ao poder Judiciário, mas a médica ainda não foi julgada e nem condenada.

Conforme apurado pela TV, entre esses inquéritos estão o de uma vendedora de 29 anos que realizou o procedimento de levantamento dos seios e preenchimento do bumbum com a médica, mas acabou tendo queimaduras. 

Outro caso é o de uma técnica de enfermagem que afirma ter tido o bumbum necrosado também depois de passar por um procedimento cirúrgico com a mesma cirurgiã. 

Médica já foi proibida de atuar

Em 2022, a médica ficou impedida de exercer a profissão após duas mulheres denunciarem queimaduras, pele necrosada e cicatrizes depois de procedimentos estéticos com a profissional.

A defesa da médica afirma que a suspensão foi ordenada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego), em função da apuração das duas denúncias. Mas que depois que os casos foram esclarecidos, o Conselho Federal de Medicina (CFM) determinou que a profissional tivesse seu registro restabelecido. 

Morte de enfermeira

Uma enfermeira morreu após ter complicações durante um procedimento estético, em Goiânia. O delegado João Paulo Gomes conta que Giselle Dias da Silva Barros, de 42 anos, ficou internada em um hospital de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, e morreu nesta quarta-feira (5).

O advogado da médica Lorena Rosique, Eduardo Costa, afirma que a profissional foi informada que a paciente morreu após ter uma pneumonia, que teria sido contraída depois do procedimento cirúrgico. Para o advogado, a possível causa da morte não tem ligação com a cirurgia. 

Nota de posicionamento da médica Lorena Duarte Rosique na íntegra

"Nota de esclarecimento 

 Defesa da médica Lorena Rosique comenta casos anteriores Goiânia, 07 de julho de 2023 - A respeito de casos anteriores envolvendo a médica Lorena Rosique, duas situações devem ser esclarecidas e diferenciadas: 

1. A responsabilidade do profissional por erro médico e a responsabilidade do profissional para o resultado estético contratado. No primeiro caso, em nenhum dos processos se confirmou qualquer erro médico. As acusações e processos abertos contra a cirurgiã são voltadas à responsabilidade pelo resultado, o que nem sempre pode ser garantido, já que o organismo de cada indivíduo tende a reagir de formas diferentes após cirurgias e o resultado final é puramente financeiro, com base inclusive nos direitos da relação de consumo protegidas pelo Código de Defesa do Consumidor. Em função disso, antes de cada procedimento, os pacientes assinam documentos que esclarecem sobre os riscos cirúrgicos, além de serem orientados sobre cicatrizes, quelóides e outros detalhes importantes. 

2. Sobre a acusação de negligência, assim como no caso recente da enfermeira Giselle Dias, a médica sempre se manteve disponível e empregou todos os esforços visando a pronta recuperação dos pacientes atendidos. Em todos os casos, a equipe da profissional realizou visitas aos pacientes durante o pós-operatório e o contato com os mesmos era constante e direto."

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