O cliente que teria ameaçado e quebrado o celular de uma entregadora, no Jardim América, em Goiânia, foi banido do aplicativo. Ao saberem do ocorrido, colegas da trabalhadora se revoltaram com a situação e na tarde de domingo (6) destruíram o portão da casa do cliente.A Polícia Militar (PM) esteve na casa do cliente no momento da confusão, mas ninguém foi preso. O Ifood informou que presta apoio à entregadora. A reportagem, o cliente, que não quis se identificar, negou as acusações, disse que o celular caiu sozinho e que a mulher o teria ameaçado.RelembreA entregadora Jhennifer Rodrigues, de 28 anos, contou a reportagem que foi chamada para realizar uma entrega na residência na noite deste sábado (5). Chegando lá, ela teria esperado por cerca de 15 minutos até que o cliente recebesse a entrega e informasse o código de entrega.Eu cheguei lá, liguei, mandei mensagem para ele, bati no portão. Depois de 15 minutos, chegou uma rapaz e perguntou se eu era a moça do Ifood. Eu disse que sim e ele entrou para dentro da casa e não voltou”, disse.Jhenifer ainda contou que chegou a chamar novamente no portão da casa e que um outro homem, teria saído, já nervoso. “Eu fui no portão e falei: ‘moço, eu preciso do código para finalizar a corrida.’ Aí ele gritou: ‘Amor, tem que passar o código para a moça!’. Nisto, um outro homem já saiu lá fora nervoso e falando para falar baixo com ele”, detalhou.Ela ainda contou que insistiu para que o homem passasse o código, mas que neste momento, passou a ser ameaçada de morte. “Ele disse que iria me achar. Ele filmou a placa e o meu rosto dizendo que ia me matar”, contou. Ela afirmou que teria pego o celular para filmar a coação, quando ele o quebrou. Em seguida, deixou o local com uma bicicleta.Com a ajuda de testemunhas, Jhennifer diz ter acionado a PM, mas foi informada por eles que o suspeito “sofre de problemas psicológicos e que, por isso, nada poderia ser feito.” Diante disso, ela disse que foi embora e que ao chegar em casa, usou o telefone da filha para informar a um colega do ocorrido, para que ela repassasse as informações para os supervisores.Nota do IfoodO iFood não tolera, de forma alguma, o uso da violência, seja ela física ou verbal, de qualquer usuário cadastrado na plataforma, prezando sempre pelo respeito nas relações entre consumidores, entregadores e restaurantes.Ao tomar conhecimento do caso, entramos em contato com a entregadora para oferecer o apoio psicológico e assistência jurídica, por meio da nossa Central de Apoio Jurídico e Psicológico. Já o cliente envolvido no episódio foi banido, de acordo com o que está estabelecido nos Termos e Condições do aplicativo.Reiteramos que as boas práticas na relação com entregadores têm sido divulgadas constantemente nos canais de comunicação da empresa.