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Comércio continua aberto em Goiânia, mas regras dos decretos estão indefinidas

Diomício Gomes/O Popular
Região da Rua 44, em Goiânia

Goiânia e Goiás vão manter a flexibilização do funcionamento do comércio e atividades consideradas não essenciais, mas os novos decretos devem ter regras específicas com restrições de segurança para estabelecimentos que costumam gerar aglomerações, como bares. No entanto, os detalhes do novo regramento ainda não foram definidos e divulgados. O assunto foi discutido na tarde desta segunda-feira (12) entre representantes do Estado e da capital, e durante a noite com todos os prefeitos do Estado. Na manhã desta terça-feira (13) será a vez das entidades do setor produtivo serem ouvidas.

O novo decreto deve ser divulgado nesta terça. A tendência é que as medidas de controle no transporte coletivo, com preferência para passageiros dos trabalhos considerados essenciais, devem continuar. Festas devem continuar proibidas.

O decreto estadual anterior, que era seguido pela Prefeitura de Goiânia, previa o escalonamento de 14 dias com atividades fechadas e duas semanas com elas abertas. Caso continuasse a ser seguido, as restrições de funcionamento deveriam voltar nesta quarta-feira (14), o que não vai acontecer.

Representantes da capital e do Estado têm defendido que acabar com o decreto 14x14 foi possível porque o cenário da pandemia atualmente é de estabilidade ou queda, e que a continuidade disso depende do comportamento da população e seguimento de protocolos. No entanto, o mapa de calor elaborado por técnicos da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO) identifica a maior parte do Estado como em situação de calamidade, que é a de maior gravidade, incluindo a Região Central, onde está localizada Goiânia.

Ismael Alexandrino, titular da SES-GO, explica que quando se somam todos os indicadores, o resultado ainda é de calamidade, mas que parte desses indicadores está caindo, como a taxa de transmissão, taxa de ocupação de UTI e números de pedidos de vaga de UTI, da Região Central. “Não estamos no momento confortável, mas é um momento para refletir a situação sanitária para que tenhamos as atividades desenvolvidas no dia a dia, mas que respeitem os protocolos de saúde”, disse o secretário na reunião vespertina, segundo assessoria da Prefeitura.

O secretário municipal de Goiânia, Durval Pedroso, também apontou números que demonstram queda nos indicadores da pandemia na capital, como na diminuição da porcentagem de casos positivos nas testagens ampliadas. Além disso, também garantiu que já se tem percebido efeitos da vacinação.

Médico e técnico da Secretaria Municipal de Saúde da capital, Sérgio Nakamura explica que em Goiânia houve uma redução de 30% nas novas internações comparado com duas semanas atrás. Também foi registrada a estabilização no número de notificações de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) a partir dos dias 14 e 15 de março, e uma pequena queda a partir do dia 23 de março. Os óbitos também apresentam tendência de estabilidade, com pequena queda, segundo o técnico.

“Porém, apesar destes dados, ainda estamos com um nível elevado de novos casos. As taxas de ocupação já estão abaixo de 90%, mas ainda não chegaram (abaixo) de 80%. Ou seja, estamos em estabilidade com tendência de diminuição dos casos, porém ainda estamos tendo muitos casos e consequentemente muitos óbitos”, explica Nakamura.

O governo de Goiás vem tentando implementar medidas para diminuir a disseminação da Covid-19 desde janeiro. No dia 26 daquele mês, foi determinada uma Lei Seca, com a proibição da venda de bebidas alcoólicas a partir de determinado horário. Já no dia 17 de fevereiro foi lançada uma nota técnica que orientava medidas de restrição de acordo com a gravidade da pandemia em cada região de Goiás. Em 16 de março foi determinada a suspensão de atividades econômicas com revezamento 14 por 14.

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