A companhia aérea que revolucionou o setor na Europa por vender passagens de baixíssimo custo – média de 50 euros, o equivalente a R$ 200 – deve chegar a toda a América Latina nos próximos anos. Menos no Brasil. E o motivo para os brasileiros ficarem de fora dos planos da Ryanair é a corrupção.
A empresa irlandesa inaugurou voos no México há 10 anos e na Colômbia há quatro. No ano que vem, começará a atuar também na Argentina. Segundo o filho do proprietário, Tony Ryan, as negociações foram iniciadas em todos os países latinos “menos no Brasil, já que há muita corrupção”.
A afirmação foi feita em entrevista para o jornal Argentino “La Nación”.
A Ryanair se lançou no mercado com voos de Dublin, capital da Irlanda, até a capital inglesa, Londres. Atualmente, a média de preço do trajeto é de 20 euros, ida e volta, o equivalente a R$ 80. Para Paris, a companhia cobra, em média, 45 euros o que corresponde a R$ 180. A ideia é competir com ônibus e trens.
A companhia também é conhecida por fazer diversas promoções em períodos de baixo movimento. Em 2015, durante o inverno europeu, foram comercializadas passagens de até 6 euros ou R$ 24.
Para manter os valores bem abaixo do mercado, os passageiros da Ryanair pagam taxas extras para despachar bagagem. Apenas assento e bagagem de mão estão inclusos. Cada bagagem extra custa, mais ou menos, 15 euros ou R$ 60. O check in também deve ser feito on-line, caso contrário há cobrança de taxa extra.
Os voos são direcionados a aeroportos um pouco mais distantes dos centros urbanos. As aeronaves são simples e novas para evitar custos com manutenção. Não há supérfluos oferecidos aos clientes e os voos contam com menor número de funcionários.