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Criador do Tocantins, Siqueira Campos morre aos 94 anos

Divulgação
Siqueira Campos morreu aos 94 anos, em Palmas (TO)

Suplente de senador e ex-deputado federal, o ex-governador do Tocantins, José Wilson Siqueira Campos, faleceu nesta terça-feira (4), aos 94 anos. 

A morte foi confirmada pelo filho, Eduardo Siqueira Campos, na rede social. “É com grande pesar que comunico a partida do Sr. Tocantins, o meu velho querido Siqueira Campos. Ele partiu sereno. As palavras estão todas gastas, mas jamais os sentimentos… Vai com Deus meu pai, esse estado te ama”, escreveu, às 19h35.

O político acumulou diversas comorbidades ao longo dos últimos anos, desde o tratamento de um câncer nos anos 2000. A implantação de três stents no coração e a retirada do intestino e da próstata por tumores malignos que deixaram sua saúde debilitada. 

Siqueira Campos estava internado em hospital particular de Palmas com dores no corpo, decorrentes de atividade cancerígenas descobertas em 2004, em sinal de metástase.

Durante a internação, descobriu fraturas patológicas nas vértebras, teve uma infecção pulmonar diagnosticada no sábado, 1º, quando iniciou tratamento com antibióticos.

Na manhã de domingo, o quadro evoluiu para oscilações em órgãos vitais como coração, rins e fígados, o que comprometeu o sistema venoso. Na segunda, desenvolveu septicemia, infecção generalizada, que causou insuficiência respiratória e levou a equipe médica a entubá-lo na manhã de terça-feira, 4.  

Com biografia controversa, Siqueira Campos nasceu no Crato (CE) em 1º de agosto de 1928, viveu nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Pará e Goiás até se fixar no interior norte-goiano, onde elegeu-se vereador em Colinas do Tocantins de 1965 a 1967. Saiu do município para fazer campanha na capital, Goiânia, e ser eleito deputado federal. 

Pela arena, exerceu três mandatos entre 1971 a 1983, depois, reelegeu-se pelo PDS para o mandato 1983 a 1987 e, neste ano, pelo PDC, elegeu-se para a legislatura que promulgou a Constituição Federal de 1988. A Carta criou o Estado do Tocantins a partir do artigo 13 das disposições transitórias.

Renunciou ao mandato de deputado Federal na 48ª Legislatura, entre 1987 e 1991, para assumir o cargo de governador do Estado do Tocantins no dia 1º de janeiro de 1989, na primeira de suas quatro passagens à frente do Poder Executivo estadual.

Em 2014, renunciou para que o filho Eduardo Siqueira pudesse ser candidato e eleito deputado estadual. Voltou às urnas em 2018 na suplência de senador, para o mandato que vai até 2027. Em sua última atuação política de mandato, assumiu interinamente o Senado em julho de 2019, quando Eduardo Gomes se licenciou.

O político deixa esposa e oito filhos.

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