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Defesa de motorista diz que colisão em saída de prédio provocou acidente em restaurante pouco depois

Após depoimento da motorista Elisabete Nunes Magalhães, de 68 anos, à Polícia Civil, na manhã desta terça-feira (26), a defesa dela culpa a colisão na saída do prédio pelo acidente no restaurante Empório Saccaria, no Jardim Goiás, em Goiânia, no dia 19. Segundo o advogado da idosa, a EcoSport prata passou por manutenção em dezembro do ano passado.

Câmeras de segurança registraram o momento em que o carro foi atingido por outro veículo na Rua 14-A, pouco antes de invadir o restaurante. O advogado, Tito Souza, revela que a colisão provocou uma pane mecânica causando a aceleração espontânea do automóvel.

“O que queremos demonstrar é que essa batida e aquele veículo preto, que saía do estacionamento do prédio, foi o causador de tudo. Se ele não tivesse batido, o acidente não teria ocorrido”, afirmou o advogado ao explicar que o escritório dele também funcionou no mesmo prédio e que “nunca” teve problemas.

“Meu escritório funcionou por seis anos naquele prédio e eu fazia aquilo pelo menos quatro vezes ao dia. Não sou perito, mas a forma como ele saiu foi diferente. Embora a velocidade fosse pequena, ele estava apressadinho, tanto que quando encostou no outro veículo, tirou ele do chão”, afirmou.

Segundo a delegada titular da Delegacia de Crimes de Trânsito (DICT), Érica Botrel, este outro motorista prestou depoimento e “alegou que havia um ponto cego devido a uma caçamba de lixo na saída da garagem”. Como a identidade dele não foi divulgada, a reportagem não localizou a defesa.

Manutenções

Para sustentar a versão, a defesa de Elisabete Nunes Magalhães, de 68 anos, apresentou uma nota da revisão do carro, que relatava o mesmo problema à concessionária. De acordo com o advogado, o carro tem nove anos de uso e que sempre foi usado pela idosa.

“É um carro muito bem conservado, pois tem todas as manutenções em dia. No final do ano passado, ela começou a apresentar os problemas de aceleração. Quando ligava o ar-condicionado, o carro acelerava e esquentava o motor. Por isso, foi levado ao mecânico”, contou Tito.

Segundo ele, o mecânico não conseguiu solucionar o problema e, com isso, a idosa levou o carro até a concessionária, que o “arrumou” e, desde então, não apresentou mais a reclamação. “Na ordem de serviço, a reclamação era exatamente a aceleração e foi pedido uma revisão do comando de bordo”, destacou.

Por fim, a defesa alega que isso prova que o veículo apresentou o mesmo problema, mas que foi corrigido pela concessionária. “Nós conversamos com especialistas e verificamos que é possível que [a batida] tenha provocado uma pane, que provocou a aceleração e falha nos freios”, finalizou.

Testemunhas

No total, a Polícia Civil já ouviu oito testemunhas do caso. Para conclusão da investigação, a delegada detalha que ainda faltam ouvir outras vítimas, funcionários do restaurante e os policiais que chegaram ao local nos primeiros minutos. “Mas só vai ser solucionada com a conclusão da perícia no veículo", finalizou a delegada.

Acidente

Um Ford Ecosport invadiu o restaurante por volta das 12h. Imagens das câmeras de segurança registraram o momento em que um veículo desgovernado invadiu o estabelecimento. Através das redes sociais, o Empório Saccaria informou estar prestando apoio aos feridos e familiares.

“Declaramos que prestamos todo o apoio e suporte aos feridos e suas famílias. Não autorizamos e nem incentivamos o uso de quaisquer imagens das vítimas, bem como do interior do estabelecimento”, publicaram no Instagram ao informar que o local permanecerá fechado hoje. 

Reprodução/Dict
Momento em que o carro EcoSport é atingido por um veículo preto ao sair de uma garagem
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