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Desobediência e agressividade nem sempre são sinais de criança mimada

Modificado em 29/09/2024, 00:41

Desobediência e agressividade nem sempre são sinais de criança mimada

(Reprodução / Youtube)

A criança não obedece aos pais, não interage com adultos, tem comportamento hostil e ainda apresenta agressividade. Pode até parecer comportamento de alguém 'mimado', mas segundo a psicóloga Renata de Moura Guedes estes comportamentos de 'má criação' podem estar ligados ao Transtorno Desafiador de Oposição (TDO).

Ainda pouco conhecido o TDO gera angústia e dificuldade no gerenciamento da rotina diária e das crianças e de seus próprios sentimentos. Segundo Guedes, é normal a criança ter algum tipo de comportamento irregular durante a infância, mas exageros devem ser monitorados.

Gudes afirma que os pais de pacientes com o transtorno tendem a ser cobrados para que eduquem direito seus filhos. "Isso acaba fazendo com que os pais briguem muito com as crianças e esqueçam que além de impor regras e limites, as crianças também precisam de atenção positiva", ressalta.

Os primeiros sinais do transtorno surgem, por volta, dos quatro anos e se não tratado devidamente pode trazer danos para toda vida.

A psicóloga preparou um guia para os leitores do 'Meu Daqui' sobre a doença.

Confira:

Como identificar se a criança tem Transtorno Desafiador de Oposição (TDO)?

Os pais devem ficar atentos aos comportamentos de seus filhos. As características mais comuns são:

  • Perde a calma com frequência
  • Sente-se incomodado frequentemente
  • Questiona frequentemente Figuras de Autoridade (pais, professores, avós)
  • Desafia ou se recusa a obedecer regras ou pedidos de Figuras de Autoridade
  • Frequentemente incomoda outras pessoas
  • Culpa outras pessoas por seus erros ou mau comportamento
  • É malvado ou vingativo
  • Para desconfiar que a criança tem o diagnóstico e que não é só uma fase ou birra, os pais devem identificar os filhos em pelo menos quatro dos itens citados acima, esses sintomas devem persistir por pelo menos seis meses.

    Em qual idade o transtorno pode aparecer?

    Os primeiros sintomas surgem durante os anos de pré-escola (4 ou 5 anos), raramente aparecem após o início da adolescência.

    Caso não seja identificado ou o tratamento iniciado, quais são as consequências para a criança?

    Se não diagnosticado e tratado, o Transtorno Desafiador de Oposição pode evoluir para Transtorno de Conduta (TC). Adolescentes diagnosticados com TC frequentemente agridem pessoas e animais, envolvem-se em brigas, em destruição de propriedade alheia, furtos, fogem de casa e não comparecem à aula.

    Como pode ser a fase adulta?

    Geralmente, crianças com TDO se tornam adultos que não ficam muito tempo no mesmo trabalho pela dificuldade em aceitar ordens ou seguir normas e nos relacionamentos interpessoais, não conseguem expressar sentimentos adequadamente, não assumem responsabilidade pelos fracassos ou comportamentos inadequados, o que torna o relacionamento desgastante e conflituoso.

    Quais são os meios de tratamento?

    O tratamento deve ser multidisciplinar, ou seja, o paciente deve ser acompanhado por uma equipe que envolve acompanhamento médico sistemático (neuropediatra ou psiquiatra da infância e adolescência), psicoterapia (deve ser feita por psicólogos especializados) e atividade física, preferencialmente coletiva, dessa forma tem-se um bom prognóstico.

    O treinamento de pais também é fundamental para o tratamento porque promove mudanças dentro do ambiente doméstico e visa melhorar também as habilidades de comunicação e as interações familiares.

    Como os pais podem lidar com esse comportamento sem obstruir a liberdade dos filhos?

    Os pais devem:

    (Reprodução / Youtube)

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    Emprego

    Concurso da saúde: Ministério Público quer respostas do governo sobre lançamento de edital

    Segundo o órgão, em 2022 uma comissão foi formada para analisar a viabilidade da realização de um concurso público. Em janeiro deste ano, o Estado informou que a Comissão do Concurso da Saúde havia concluído os estudos técnicos para realização do novo certame

    Modificado em 16/04/2025, 13:01

    Sede da Secretária da Saúde em Palmas

    Sede da Secretária da Saúde em Palmas (Marcelo de Deus/ Divulgação)

    O Ministério Público (MPTO) quer que o governo do Tocantins informe como estão as providências para contratação da banca responsável pelo Concurso da Saúde e lançamento do edital. O pedido faz parte de um inquérito civil que acompanha a realização do concurso e investiga possíveis irregularidades na contratação de pessoal e realização de serviços essenciais de saúde por servidores terceirizados.

    O Governo do Tocantins informou que às Secretária de Estado da Saúde (SES-TO) e da Administração (Secad-TO) estão trabalhando no quantitativo de vagas, para abertura do edital e contratação da banca que fará o concurso da Saúde. Também destaca que a previsão do certame está previsto para ser lançado ainda este ano. (veja nota no fim da íntegra).

    O pedido de informações sobre o andamento do concurso foi feito pela 9ª e 27ª Promotoria de Justiça da Capital.

    Segundo o MPTO, a situação é acompanhada desde 2018, inicialmente apurando a insuficiência de profissionais do Hospital e Maternidade Dona Regina (HMDR). A promotoria cita, inclusive, a morte da gestante da técnica de enfermagem Karle Cristina, em outubro de 2024, por suposta falta de tratamento adequado.

    Vistorias feitas pelo MPTO e Conselho Regional de Medicina, na época, apontaram problemas estruturais e grande volume de trabalho para poucos profissionais nas escalas. O MPE chegou a entrar com uma Ação Civil Pública pedindo que o Estado regularize a escala de obstetras e pediatras.

    De acordo com o Ministério, no dia 24 de junho de 2022, uma comissão havia sido formada para analisar a viabilidade da realização de um concurso público. Em janeiro deste ano, o órgão voltou a realizar reunião, quando o Estado informou que a Comissão do Concurso da Saúde havia concluído os estudos técnicos para a realização da seleção.

    Durante a reunião, também foi apresentado o projeto de lei para criação de novos cargos na área da saúde, que foi encaminhado à Assembleia Legislativa e aprovado em abril deste ano.

    Diante das informações colhidas ao longo da apuração, o MPTO agora requisitou as informações sobre as providências administrativas para a abertura do concurso. O prazo de resposta é de 20 dias, contados a partir da notificação.

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    Relembra o caso de Karle Cristina

    A técnica de enfermagem Karle Cristina Vieira Bassorici, de 30 anos, estava grávida de 38 semanas e aguardava pela chegada do filho, Lorenzo, quando ambos passaram por complicações no parto e morreram no Hospital e Maternidade Dona Regina, em Palmas. A família registrou na época um boletim de ocorrência para que a Polícia Civil investigasse a causa das mortes.

    O caso foi investigado pela 3ª Delegacia de Polícia de Palmas. Conforme a SSP, a gestante tinha alto risco e sintomas que sugeriam complicações graves, mas a médica que havia entendido Karle não adotou medidas básicas de investigação clínica e obstétrica.

    O inquérito concluiu que a ausência de exames essenciais, como ultrassonografia e monitoramento de batimentos cardíacos fetais, bem como a falha em encaminhar a paciente para avaliação obstétrica ou manter observação hospitalar, contribuiu diretamente para o agravamento do estado de saúde de Karle e de seu bebê.

    A médica responsável pelo atendimento foi indiciada pelo crime de homicídio culposo, previsto no artigo 121, §3º, do Código Penal Brasileiro, por agir sem a devida cautela exigida pela situação. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público, que deu prosseguimento ao caso junto ao Poder Judiciário.

    Íntegra da nota da SES

    O Governo do Tocantins informa que as equipes das Secretarias de Estado da Saúde (SES-TO) e da Administração (Secad-TO) já trabalham na verificação do quantitativo de vagas, em observância às necessidades dos serviços, para abertura do edital e contratação da banca que fará o concurso da Saúde.

    A previsão é que todos estes trâmites sejam concluídos ainda este semestre e o certame lançado ainda este ano e ele atenderá principalmente as unidades que necessitam de especialidades, como o Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), que mesmo com os chamamentos públicos abertos para contratação de especialistas, ainda tem uma demanda a ser atendida.

    Sobre a estrutura do Hospital Dona Regina, o Governo do Tocantins já contratou a empresa que conduzirá a obra do Hospital da Mulher e Maternidade Estadual, a qual deverá ser lançada no próximo mês e quando concluída, sanará os problemas apresentados na atual maternidade que funciona em um prédio sem condições de ampliações.

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    Jovem ironizada por alunas de medicina após três transplantes no coração foi de ambulância fazer prova do Enem

    Mãe da paciente lamentou os comentários: 'não a conheciam e nem se aprofundaram no caso'. Vitória Chaves morreu em decorrência de uma cardiopatia congênita, em fevereiro deste ano

    Modificado em 11/04/2025, 11:53

    Estudantes de medicina Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano comentam sobre transplantes feitos por Vitória Chaves da Silva (Reprodução/Redes sociais)

    Estudantes de medicina Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano comentam sobre transplantes feitos por Vitória Chaves da Silva (Reprodução/Redes sociais)

    A jovem ironizada por alunas de medicina após três transplantes no coração foi de ambulância para fazer a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2019. Natural de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, Vitória Chaves da Silva morreu aos 26 anos, em fevereiro deste ano, e tinha o sonho de ser médica.

    Só de conseguir fazer a prova já é uma vitória. Estou confiante, já deu certo", disse a jovem na época.

    Segundo a perícia, a causa da morte de Vitória foi em decorrência de uma cardiopatia congênita. Ela chegou a passar por três transplantes de coração e um de rim. Pelas redes sociais, as estudantes Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano postaram um vídeo para debochar da situação da jovem. Nele, alegaram que a paciente não tomava a medicação.

    Essa menina está achando que tem sete vidas", declararam.

    Em uma nota enviada ao g1, as duas estudantes negaram que fizeram deboche ou foram insensíveis com a situação da paciente. "Lamentamos profundamente que o vídeo --- gravado sem qualquer informação que possibilitasse identificação --- tenha sido interpretado de forma diversa da nossa real intenção, vinculando-o a uma determinada pessoa", (veja íntegra da nota no final desta reportagem) .

    No entanto, no vídeo os comentários delas foram considerados "maldosos" pela família de Vitória.

    A gente está sem acreditar até agora. Um transplante cardíaco já é burocrático, é raro, tem questão da fila de espera, da compatibilidade, mil questões envolvidas. Agora, uma pessoa passar por um transplante três vezes, isso é real e aconteceu aqui no Incor", disse Thaís.

    O Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) se manifestou sobre o caso. A instituição informou que "as alunas envolvidas na ocorrência são graduandas de outras instituições, que estavam no hospital em função de um curso de extensão de curta duração".

    Assim que foi tomado conhecimento do fato, as universidades de origem das estudantes foram notificadas para que possam tomar as providências cabíveis", cita trecho do comunicado (veja íntegra da nota ao final deste texto.

    A mãe de Vitória, Cláudia Aparecida da Rocha Chaves, em entrevista ao programa Encontro, da TV Globo, na quinta-feira (9), lamentou o que classificou como falta de empatia das estudantes de medicina.

    Ela lutou 26 anos e viu duas alunas, que não a conheciam e nem se aprofundaram no caso, expondo ela desse jeito. [...] Quem quer ir para um centro cirúrgico sem saber se vai voltar viva? Quem quer ser serrado no peito? Quem quer ficar numa UTI sem poder andar? [...] E aí duas alunas vêm e debocham? Minha filha era uma vida, não um objeto. Minha filha não brincou com a vida", defendeu a mãe.

    Conforme a família, Vitória enfrentou três transplantes no coração. O primeiro aos 7 anos e o segundo aos 18 anos (2016). Em 2019, o g1 fez uma reportagem com a jovem, que estava com 20 anos, e sofria um quadro de rejeição aguda do órgão. Na ocasião, ela estava internada no Instituto de Cardiologia (ICDF), em Brasília.

    Repercussão do caso

    O vídeo das estudantes, publicado nas redes sociais de Thais, comentando sobre a situação da paciente foi apagado após a repercussão negativa (veja o vídeo abaixo) . Em tom considerado como "deboche" pela família de Vitória, Gabrielli e Thaís não chegaram a mencionar o nome da jovem, mas disseram que ficaram chocadas ao saber da quantidade de transplantes de apenas uma paciente no InCor, em São Paulo.

    Gabrielli chega a afirmar que o segundo transplante de Vitória teve rejeição do órgão por falta de comprometimento da paciente em administrar a própria medicação. "Teve que transplantar de novo por erro dela", narrou a estudante.

    Thaís continua: "Não sei. Já é tão raro, difícil a questão de compatibilidade, doação, 'n' fatores que não sei especificamente por que não passamos por cirurgia cardíaca ainda. Estou em choque. Simplesmente uma pessoa que passou por três transplantes de coração. Ela recebeu três corações diferentes".

    Íntegra da nota das estudantes

    Diante da repercussão gerada por um vídeo publicado em ambiente pessoal, nós, estudantes de Medicina mencionadas em recentes reportagens, vimos a público prestar alguns esclarecimentos, com respeito, empatia e responsabilidade.

    O conteúdo divulgado teve como única intenção expressar surpresa diante de um caso clínico mencionado no ambiente de estágio.

    A situação descrita, por sua raridade, despertou nossa curiosidade acadêmica e levou a uma reflexão espontânea sobre aspectos técnicos que jamais havíamos estudado ou presenciado.

    É importante esclarecer que não tivemos contato com a paciente, não acessamos seu prontuário, não citamos seu nome, não capturamos nem divulgamos qualquer imagem, ou seja, não sabíamos sequer quem era. Também não temos como afirmar se as fotos que passaram a circular nas redes sociais são, de fato, da paciente mencionada nas matérias jornalísticas.

    Lamentamos profundamente que o vídeo --- gravado sem qualquer informação que possibilitasse identificação --- tenha sido interpretado de forma diversa da nossa real intenção, vinculando-o a uma determinada pessoa.

    Reafirmamos que não houve qualquer deboche ou insensibilidade. Nosso compromisso com a vida, a dignidade humana e os princípios éticos da Medicina permanece inabalável.

    Lamentamos também que, por razões alheias à nossa intenção, alguns segmentos tenham divulgado trechos isolados do vídeo, fora de contexto, o que contribuiu para distorções na interpretação do conteúdo.

    Manifestamos nossa solidariedade à família da paciente mencionada nas reportagens, a quem respeitamos sinceramente, e reiteramos que jamais tivemos a intenção de ofender, expor ou causar sofrimento. Estamos tomando as providências cabíveis para esclarecer os fatos e preservar nossa integridade pessoal, acadêmica e emocional.

    Agradecemos às pessoas que têm nos escutado com respeito e compreensão neste momento difícil, que tem sido também de profundo aprendizado.

    Íntegra da nota do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)

    A FMUSP esclarece que as alunas envolvidas na ocorrência são graduandas de outras instituições, que estavam no hospital em função de um curso de extensão de curta duração (um mês). Atualmente, não possuem qualquer vínculo acadêmico com a FMUSP ou com o InCor.

    Assim que foi tomado conhecimento do fato, as universidades de origem das estudantes foram notificadas para que possam tomar as providências cabíveis.

    Internamente, a FMUSP está tomando medidas adicionais para reforçar junto aos participantes de cursos de extensão as orientações formais sobre conduta ética e uso responsável das redes sociais, além da assinatura de um termo de compromisso com os princípios de respeito aos pacientes e aos valores que regem a atuação da instituição.

    A FMUSP repudia com veemência qualquer forma de desrespeito a pacientes e reafirma o compromisso inegociável com a ética, a dignidade humana e os valores que norteiam a boa prática médica.

    A instituição reforça ainda a missão de formar profissionais comprometidos com a excelência e com o cuidado humano, valores que são inegociáveis em nossa Instituição.

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    Saúde de mulheres indígenas é o foco de ação do CNJ na Ilha do Bananal

    Ministro Dias Toffoli e governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, abriram a Semana Nacional de Saúde, em Formoso do Araguaia, com serviços para comunidades das etnias Javaé, Karajá, Kanela, Avá-Canoeiro, Krahô-Takaywrá e Krahô-Kanela

    Modificado em 07/04/2025, 21:28

    Mulheres indígenas recebem atendimento ginecológico e obstétrico como parte da ação (Márcio Vieira/Governo do Tocantins)

    Mulheres indígenas recebem atendimento ginecológico e obstétrico como parte da ação (Márcio Vieira/Governo do Tocantins)

    Ações com foco nas mulheres indígenas da Ilha do Bananal, a maior ilha fluvial do mundo, deve beneficiar cerca de 600 pessoas até a próxima segunda-feira (11), estima o governo estadual. A programação faz parte da 1ª Semana Nacional da Saúde, coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio do Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde (Fonajus), que tem como público-alvo as populações vulnerabilizadas.

    José Antonio Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que veio para a abertura do evento, se reuniu com caciques para ouvir as demandas da população indígena. Em entrevista à TV Anhnaguera , o ministro afirmou que veio acompanhado de juízes,promotores e procuradores da República para atuar junto à Defensoria Pública em serviços jurídicos em conciliação a demandas de sáude.

    Conforme o governo estadual, a reunião ocorreu no Tribunal do Júri do Fórum da Comarca de Formoso do Araguaia, antes da abertura do evento, quando as autoridades ouviram as lideranças indígenas da região, no início da manhã desta segunda-feira (7).

    Reunião com lideranças indígenas marcou o início das atividades da Semana Nacional de Saúde (Antonio Gonçalves/Governo do Tocantins)

    Reunião com lideranças indígenas marcou o início das atividades da Semana Nacional de Saúde (Antonio Gonçalves/Governo do Tocantins)

    A anciã Lucirene Javaé, a primeira cacique mulher do Tocantins, agradeceu a atenção das entidades públicas com os povos originários e destacou a importância da comunidade ser ouvida.

    Considero muito importante as autoridades estarem aqui nos ouvindo. Minhas falas são poucas, mas deixo o reconhecimento da importância deste momento para o meu povo e demais comunidades aqui presentes", afirmou Lucirene Javaé, por meio da assessoria do governo.

    Toda a ação é realizada no Polo-Base Indígena (PBI) de Formoso do Araguaia, que atende uma população de 1.937 indígenas aldeados dos povos Javaé, Karajá, Kanela, Avá-Canoeiro, Krahô-Takaywrá e Krahô-Kanela. Os indígenas estão situados em 24 aldeias, localizadas nos municípios de Sandolândia, Lagoa da Confusão, Pium e Formoso do Araguaia, divulgou o CNJ.

    A iniciativa do Fonajus tem parceria com a Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde (Sesai) e do Tribunal de Justiça de Tocantins (TJTO).

    Veja abaixo quais os serviços oferecidos na 1ª Semana Nacional da Saúde.

    Atendimentos médicos:

  • Ginecologia: com consulta e exames de prevenção contra o câncer do colo do útero e rastreamento de câncer de mama;
  • Atendimento obstétrico: Pré-natal e ultrassom obstétrico;
  • Consultas oftalmológica;
  • Pediatria;
  • Emissão de documentos:

  • Carteira de Identidade Nacional (CIN);
  • Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);
  • Registro civil de nascimento da pessoa indígena (RANI);
  • Documentos civis de casamentos e divórcios;
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    Saúde estadual investiga morte de idosa por suspeita de dengue no interior do Tocantins

    Boletim de monitoramento, divulgado semanalmente, mostrou que o primeiro óbito em investigação deste ano aconteceu em Augustinópolis, no extremo norte do estado. Doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti

    Modificado em 06/04/2025, 17:58

    Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya

    Mosquito Aedes aegypti é o transmissor da dengue, zika e chikungunya (Raul Santana/Fiocruz)

    O novo boletim de monitoramento dos casos de dengue no Tocantins apontou a primeira morte por suspeita da doença deste ano. A vítima é uma idosa e o caso está em investigação , segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES).

    A informação saiu no boletim referente aos dados coletados entre as semanas epidemiológicas 1 a 13 de 2025, do início do ano até o dia 29 de março deste ano. O óbito em investigação foi registrado em Augustinópolis, no Bico do Papagaio, no mês de março.

    O documento divulgado semanalmente foi publicado na sexta-feira (4) e, segundo a SES, a área técnica está em contato com o Município e aguarda o resultado da investigação do caso.

    No mesmo período, o estado registrou 5.754 notificações de suspeitas de casos de dengue. Apesar do alto número, houve uma redução de 42% em relação ao mesmo período de 2024, que teve 9.969 notificações.

    Sobre os casos confirmados, 488 pessoas foram diagnosticadas com a dengue no Tocantins neste ano . Os registros ocorreram em 57 municípios. No ano passado, no mesmo período, a Saúde Estadual confirmou 1.707 casos da doença.

    Vetor da doença

    A dengue é transmitida aos seres humanos por meio da picada do mosquito Aedes aegypti . Por isso diversas ações alertam a população para evitar que se acumule, principalmente dentro de casa, focos com água parada. É nesse ambiente que o mosquito se prolifera e causa o aumento nos casos da doença.

    Entre os sintomas da doença estão febre alta acima de 38°C; dor no corpo e articulações; dor atrás dos olhos; mal estar; falta de apetite; dor de cabeça; e manchas vermelhas no corpo.

    Chikungunya e zika

    A chikungunya e a zika também são transmitidas através da picada do Aedes aegypti. Com relação à chikungunya, foram registradas 486 notificações da doença e 74 casos confirmados.

    Quanto à zika, os números são mais baixos ainda. O boletim das primeiras 13 semanas epidemiológicas mostrou 237 notificações e apenas cinco casos confirmados em quatro municípios.

    Pelo receio de que o vírus cause problemas em fetos, felizmente nenhuma gestante foi diagnosticada com a doença neste ano, segundo o boletim da SES.