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Dia do Índio: conheça 10 esportes tradicionalmente indígenas

No dia 19 de abril comemora-se o Dia do Índio no Brasil. Muito antes de Cabral cruzar o oceano e “descobrir” o País, já havia um povo que cuidava, cultivava e havia descoberto há tempos nossas riquezas: o indígena. Este mesmo povo foi massacrado, torturado e até hoje luta para ser respeitado.

Como hoje é Dia do Índio, criamos uma lista com 10 esportes originalmente indígenas para te recordar sobre a influência e a herança deixada por este povo em nosso dia a dia. Veja:

Tiro com Arco e Flecha

Que criança não brincou de índio e não fez menção ao uso de arcos e flechas? Sendo o esporte indígena mais popular, a modalidade está presente nos Jogos Olímpicos desde 1972. Inclusive, para os Jogos de 2016 que acontecem no Rio de Janeiro, o amazonense Dream Braga, de 17 anos, da etnia Kambeba, está cotado para participar da competição. Aí não tem para ninguém, né?

Corrida de tora

A corrida de tora é a maior atração nos eventos esportivos indígenas. A competição consiste em o indígena carregar toras de madeira em revezamento com outros de sua equipe. Essas toras chegam a pesar até 120kg e a corrida é feita em um determinado percurso pré-estabelecido.

Arremesso de lança

Usada tradicionalmente pelos indígenas como artigo para caça, pesca e defesa contra ataques de animais selvagens, nesta modalidade a competição consiste em lançar  o objeto o mais longe possível. Também praticada exclusivamente pelos homens, a contagem dos pontos é feita pela maior distância arremessada.

Cabo de guerra

Outra modalidade que muita criança já testou e se divertiu muito! Só que neste caso, nada de brincadeira, a competição é encarada com muita seriedade. Sendo um verdadeiro teste de força, ganha a equipe que conseguir trazer a fita que fica no meio do cabo para dentro de seu campo. Nas aldeias, as equipes treinam para a disputa puxando grandes troncos de árvores.

Canoagem

A canoagem é outro exemplo de um esporte tradicionalmente indígena, mas que faz parte do nosso convívio, sendo um dos esportes dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, além, é claro, dos Jogos Mundiais Indígenas. Os remos e as canoas são fabricados pelos próprios índios.

Xikunahity

O xikunahity é uma espécie de futebol onde só as cabeças tem vez. A modalidade é praticada tradicionalmente pelos povos Paresis, Salumãs, Irántxes, Mamaidês e Enawenê-Nawês, do Mato Grosso e, nesta competição, a cabeça é a única parte do corpo do indígena que pode tocar a bola.

Ronkrã

Praticado tradicionalmente pela tribo Kayapó, do Pará, o ronkã se assemelha ao hóquei sobre a grama. O objetivo da modalidade consiste em rebater uma pequena bola feita de coco visando ultrapassar a linha de fundo do adversário.

Akô

Semelhante a prova 4x400m do atletismo, o Akô é uma prova de velocidade praticada somente pelos povos Gavião Parkatêjê e Kiykatêjê, do sul do Pará. O jogo consiste em duas equipes correndo em círculos e revezando-se a cada quatro atletas. Com uma varinha de bambu na mão, o artigo deve ser repassado de mão em mão de acordo com o revezamento. Ganha quem completar a prova primeiro.

Lutas corporais

A luta corporal não é disputada em formato de competição, pois cada tribo possui sua própria técnica de luta. Contudo, uma delas é o huka-huka, praticada pelos povos indígenas do Xingu, onde dois atletas ficam ajoelhados de frente um para o outro e giram em sentido anti-horário com o objetivo de levantar o adversário e jogá-lo no chão. Quem permanecer por cima, vence!

Zarabatana

A zarabatana é uma arma artesanal feita com um tubo originalmente de madeira e são soprados pequenos dardos, setas ou projéteis. A arma é usada na caça, mas em tempos de competição, vence quem atingir o alvo o maior número de vezes.

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