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Diretor de escola pública teria humilhado aluno por causa de chinelo usado pelo menino

Reprodução

O Conselho Tutelar de Brasília acusa o vice-diretor de uma escola pública de Brasília de humilhar uma criança de 12 porque ela usaria um chinelo diariamente para ir até a unidade de ensino assistir aula. Conforme a acusação, o homem, como forma de punição, teria pegado as sandálias do aluno e o obrigado a ir descalço até a sala. O caso aconteceu na segunda-feira (5), por volta das 15h30.

Imagens do menino de cabeça baixa, descalço e chorando entre as demais crianças foi publicada nas redes sociais.  O Conselho Tutelar diz ter recebido a foto por um aplicativo de celular. Ao chegar ao local, acompanhados da Polícia Militar, os profissionais teriam encontrado a criança ainda na mesma posição, com pés encolhidos.

Em entrevista ao Correio Braziliense, a mãe do menino afirmou que ele está com vergonha de ir para a escola. Segundo ela, o Conselho Tutelar foi quem levou o filho embora e relatou o caso. O menino confirmou a versão ao dizer que o vice-diretor tomou o chinelo e o fez andar descalço pelo corredor.

A mulher, com identidade não informada, contou que não sabia da proibição do uso de sandálias na instituição de ensino. “A escola tem meu telefone, mas foi preciso um conselheiro vir aqui em casa para eu tomar conhecimento do ocorrido. Eu nunca tive reclamação do meu filho. Ele nunca repetiu de ano e tem boas notas”, disse ao Correio Braziliense.

A dona de casa fez registro de boletim de ocorrência. O vice-diretor foi preso e encaminhado à delegacia para esclarecimentos.  

O profissional, Jordenes Ferreira da Silva, alega que a criança estava descalça no pátio da unidade e promovia “algazarra” e “instigava os demais” com uma bola de papel e fita crepe, por isto teria advertido o aluno.

Jordanes conta ainda que o menino se negou a parar, o que motivou o recolhimento do chinelo para que a própria criança retirasse na diretoria, mas ele retornou para a sala de aula sem o calçado. O vice-diretor diz não existir proibições quanto ao uso de sandálias na unidade de ensino e que a advertência foi motivada por causa da indisciplina.

O profissional também reclamou da atuação do Conselho Tutelar que entraram na unidade acompanhados de policias militares. 

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