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Em assembleia, servidores da Educação de Goiânia decidem continuar greve

Divulgação/Sintego
Assembleia de terça-feira (31) realizada em frente ao Paço Municipal de Goiânia

Após assembleia realizada nesta terça-feira (31), os servidores administrativos da Educação de Goiânia decidiram, por unanimidade, manter a greve. O motivo seria pela falta de acordo pela criação do plano de carreira dos administrativos, principal reivindicação da categoria. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) fará uma nova assembleia na próxima segunda-feira (6). A greve iniciou no dia 2 de outubro.

Segundo a presidente do Sintego, Bia de Lima, tiveram avanços em “alguns aspectos”, após uma reunião que ocorreu na última segunda-feira (30) com a Secretaria Municipal de Educação (SME). No entanto, a pasta pediu um prazo maior para efetuar alguns “cálculos”.

Em nota, a SME informou que seguirá negociando com a categoria e esclareceu que a proposta, "construída com responsabilidade fiscal, foi a segunda apresentada à categoria".

Proposta
Na última sexta-feira (27), o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) propôs o reajuste do auxílio locomoção de R$ 300 para R$ 500 por mês, pagamento da data-base 2023 com início em dezembro, com retroativo desde setembro, e avaliação da criação de plano de carreira da categoria a partir do dia 12 dezembro deste ano.

“Esperamos, em definitivo, resolver as questões ainda pendentes que estão criando dificuldade para a categoria aceitar a proposta e voltar ao trabalho. Acredito que estamos avançando. A expectativa é positiva e tudo o que tiver ao nosso alcance estaremos construindo no campo do diálogo, da demonstração dos números da necessidade de se respeitar os administrativos da educação para que tenham um plano de carreira atrativo.”, disse Bia de Lima.

Cruz afirmou ao Sintego que a elaboração do plano começará após a conclusão do Programa de Recuperação Fiscal (Refis) 2023, quando o município terá acesso aos índices inflacionários do ano.

O último plano de carreira da categoria ocorreu em 2011, segundo o Sintego. Pelo documento, um agente de apoio educacional do Nível I, no início da carreira, recebe R$ 1.359,02 por 30 horas semanais trabalhadas. Considerando apenas o desconto da previdência, o valor recebido fica em R$ 1.168,76. O valor bruto máximo que o vencimento pode chegar, considerando todas as progressões, é R$ 1.894,31.

Funcionamento parcial
A greve tem afetado o funcionamento de algumas unidades de ensino da capital. Alguns Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) estão com algumas turmas funcionando somente em um turno, por conta da ausência dos servidores administrativos da Educação.

Reportagem do Daqui publicada em 2 de outubro, primeiro dia da greve, revelou a presença de servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) desempenhando funções ligadas à limpeza e preparação de merendas em unidades de ensino da rede.

Na ocasião, o Sintego afirmou que a ação do poder público fere o direito de greve e a Prefeitura argumentou que era necessário assegurar “garantia do direito essencial à educação”.

Veja a nota da SME na íntegra:

A Secretaria Municipal de Educação (SME) informa que seguirá negociando com a categoria e esclarece que apresentou, na última semana, uma proposta para os servidores administrativos da Educação.

A proposta apresentada ao Sintego garantia o reajuste do auxílio locomoção de R$ 300 para R$ 500 por mês, além do pagamento da data-base e da elaboração do plano de cargos da categoria a partir de dezembro.

A SME Goiânia destaca, por fim, que a proposta, construída com responsabilidade fiscal, foi a segunda apresentada à categoria e que vai seguir trabalhando para garantir atendimento aos estudantes.

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