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Entrega de ponte na BR-153, em Aparecida de Goiânia, atrasa e tráfego segue travado

Wildes Barbosa
Construção de ponte, segundo a concessionária Triunfo Concebra, será concluída na semana que vem

Quem dirige pelo trecho da BR-153 sobre o Ribeirão Santo Antônio, em Aparecida de Goiânia, terá de esperar pelo menos mais uma semana para passar pela ponte que está sendo construída no sentido sul. A entrega da obra iniciada em janeiro tinha sido anunciada para o início de abril. No entanto, o tráfego ainda não foi liberado por conta da fase de cura do concreto.

A obra foi iniciada um mês após a antiga estrutura desmoronar, em dezembro do ano passado. Desde então, o trecho do Ribeirão Santo Antônio tem um desvio pela pista no sentido norte, que foi transformada em mão dupla. Conforme já foi mostrado pelo DAQUI, os motoristas que trafegam pelo trecho têm demorado até 15 minutos para percorrer três quilômetros, distância que antes das intervenções era feita em três minutos.

A Triunfo Concebra, concessionária responsável pela rodovia, justifica que o tráfego ainda não foi liberado porque na fase de cura do concreto não pode haver vibrações na nova estrutura. Assim, a empresa estima que a entrega definitiva deve ser feita no final da próxima semana, “caso não ocorram imprevistos relacionados ao tempo”.

Conforme estimado pela concessionária, os custos da obra devem ficar entre R$ 12 milhões e R$ 15 milhões.

 

Reclamações

Enquanto isso, os motoristas que passam pelo local reclamam da demora. O caminhoneiro Nilson Benedito de Oliveira, de 64 anos, usa a rodovia no trecho Itumbiara a Goiânia de forma rotineira. A passagem pela obra, segundo ele, é sempre conturbada. “Atrapalha a todos. Não entendo essa demora para construir uma ponte tão pequena”, critica Oliveira, que também aponta que a pista está ruim em outros trechos.

O diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Goiás (Sinditransporte), Jaci Souza, reforça a cobrança para que o trecho seja entregue com rapidez. O sindicalista destaca que entre os problemas está a lentidão e os riscos a que os motoristas são submetidos. “O transtorno é enorme. Chega lá, na baixa quilometragem, muitos precisam quase parar”, afirma.

 

Local da obra foi ponto de acidente com ônibus em que seis morreram 

Um grave acidente ocorreu no local da obra, no ano passado. Seis pessoas morreram e 40 ficaram feridas após o ônibus em que viajavam colidir com outros veículos que estavam na direção contrária. O motorista não teria visto a sinalização que indicava que a pista em que transitava, no sentido norte, se tornava de mão dupla por conta da erosão que havia tomado conta da pista contrária.

A Polícia Federal (PF) concluiu que a ocorrência se deu em virtude de falhas na sinalização e iluminação do local. O relatório ressalta que a colisão entre o ônibus, um carro da Triunfo Concebra e depois um caminhão, se deu em um local onde havia postes, mas estes estavam inoperantes. Relata ainda que o veículo da concessionária, que estava estacionado para alertar os motoristas, dificultou a visualização da sinalização. A Concebra diz que a sinalização seguia os protocolos exigidos pela legislação.

O problema que causou a erosão já era conhecido. O trecho passa sobre bueiros do córrego Santo Antônio. As estruturas eram insuficientes para o fluxo de água, resultando em erosões na pista. Com um grande volume de chuvas, as fundações afundaram. 

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