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Escolas de samba do RJ ameaçam não desfilar em 2018

Ricardo Moraes/Reuters
Águia símbolo da Portela na Marquês de Sapucaí

Diante do anúncio de que, em 2018, a Prefeitura do Rio cortará pela metade a subvenção de R$ 24 milhões oferecidas às escolas de samba do carnaval carioca, dirigentes das agremiações decidiram em reunião encerrada na noite de quarta-feira (14) que, dessa forma, não será possível realizar o tradicional desfile anual.

A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) promoveu a reunião para debater o tema e anunciou que, "a prevalecer a decisão" do prefeito Marcelo Crivella (PRB), "as apresentações das escolas de samba no carnaval de 2018 ficarão inviabilizadas". Em nota divulgada após a reunião, os dirigentes da Liesa cobram uma reunião dos presidentes das 13 escolas do Grupo Especial com o prefeito.

Crivella é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), que tradicionalmente condena os festejos do carnaval entre seus fiéis. Apesar disso, os dirigentes das principais agremiações da Liesa apoiaram a candidatura de Crivella no segundo turno das eleições do ano passado, quando o atual prefeito venceu o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL).

Na nota, a Liesa argumenta que o desfile das escolas de samba, como principal evento do carnaval carioca, gera empregos, renda e traz benefícios econômicos para a cidade e valoriza a imagem do Rio. Com isso, contribui para a elevação da arrecadação de impostos da prefeitura.

 “Tal medida anunciada trará graves consequências para a produção do espetáculo, tornando inviável a realização do mesmo, nos moldes em que é anualmente apresentado", diz a nota.

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