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Estado estuda construção de "puxadinho" para cinema no CCON

Reprodução/Google Maps


O governo de Goiás estuda a construção de um "puxadinho" na área do complexo do Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON), em Goiânia, para novas salas de cinema. A gestão alega que a ideia não tem relação com a transferência da Agência Brasil Central (ABC) para o local. Já existem duas salas da empresa CineX atualmente no subsolo do centro, onde também serão instalados estúdios da ABC.

A Secretaria da Retomada e a Goiás Parcerias instituíram, em conjunto, um Grupo Técnico de Trabalho para elaboração de estudos visando à implantação de novas salas em área localizada ao lado do estacionamento, no fundo da entrada de veículos do centro cultural e próximo a unidade de tratamento de ar condicionado.

O secretário da Retomada, César Moura, afirma que a intenção do grupo é analisar viabilidade de solicitação feita pelo próprio CineX, que pretende ampliar o número de salas para mais três.

Adriano Oliveira, dono do Cinex, confirma o pedido e diz que a empresa seria responsável pela construção do novo prédio, ao custo estimado de R$ 5 milhões. Apesar do baixo movimento dos cinemas em Goiânia (taxa média de ocupação de 23%, segundo ele), o empresário afirma que há tendência de crescimento e que houve pouco espaço para a realização da mostra O Amor, A Morte e As Paixões, realizada em fevereiro.

As duas salas atuais somam 184 lugares e seriam mantidas. O novo espaço teria mais três de 250 cadeiras cada uma. Ele diz ainda que a construção seria de salas modulares, com possibilidade de remoção de paredes para realização de eventos e shows com maior público.

Segundo Adriano, o terreno alcançaria parte de área que é da Prefeitura de Goiânia, fora do espaço do Niemeyer, e por isso há necessidade de um convênio entre as gestões municipal e estadual.

O empresário afirma que gostaria de já ter o novo espaço para a realização da 15ª edição da mostra, em fevereiro de 2024, mas que não haverá mais tempo. "A papelada é muito demorada", diz. O grupo de trabalho tem 180 dias, prorrogáveis por igual período, para apresentar as conclusões, de acordo com a portaria editada em 4 de maio.

Adriano afirma que não vê prejuízos ao cinema pela transferência da ABC. "O Estado tem de otimizar mesmo espaços ociosos. Se tem, deve usar", diz.

A portaria que cria o grupo diz que o objetivo é "contribuir em maior visibilidade da área do CCON com potencial aproveitamento econômico, bem como contemplando lazer a comunidade goiana".

O grupo terá a missão de realizar estudos técnicos de engenharia, arquitetura, econômico-financeiro, jurídico-institucional e regulatório, para que "seja possível apontar melhor cenário de gestão, do ponto de vista da vantajosidade para a administração pública estadual".

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