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Estudante goiana de 14 anos conquista primeiro lugar na Olimpíada Brasileira de Química

Arquivo pessoal
Rachel e Ana Luiza se aproximaram após o início da pandemia, quando a mãe passou a trabalhar em regime de home office e pôde acompanhar os estudos da filha de perto

A estudante goiana Ana Luiza Santana, de 14 anos, conquistou um feito histórico ao ficar em primeiro lugar na Olimpíada Brasileira de Química Júnior (OBQJr). Ao todo, foram 1.023 alunos premiados em todo o País com medalhas de ouro, prata, bronze e menção honrosa. A representante de Goiás superou todos os competidores, seguida por três estudantes de Fortaleza e um do Rio de Janeiro.

O resultado foi divulgado no dia 19 de outubro e a olimpíada se divide em duas fases. Ana Luiza cursa o oitavo ano do ensino fundamental no Colégio Olimpo, em Goiânia, e contou que ficou surpresa com feito histórico. "Eu não esperava porque normalmente é muito difícil ganhar medalha. Ganhar medalha e ficar em primeiro lugar é mais ainda", disse a Ana Luiza.

Ela conta que não se preparou especificamente para a prova da Olimpíada. O resultado foi conquistado graças à rotina de estudos e o interesse que desenvolveu pela química através de um professor da escola. Ela conta que ele tem o hábito de apresentar curiosidades relacionadas ao mundo da química e que se recordou dessas aulas. "Ajudou muito na hora da prova."

Temida por muitos, a química não é um problema para a estudante, que considera uma matéria fácil e também tem afinidade com biologia e matemática. Ana Luiza tem dois irmãos, um médico e uma estudante de odontologia, e pretende cursar medicina ou biomedicina.

ESCOLA INCENTIVA

A mãe da estudante, a funcionária pública Rachel Santana, de 54 anos, explica que a escola incentiva os alunos a participarem dessas competições e que a filha já recebeu menção honrosa em uma olimpíada de matemática.

Ela conta ainda que a filha tem um interesse espontâneo pelos estudos e por informação de modo geral, mas que passou a acompanhar os estudos de perto após o início da pandemia, quando começou a trabalhar em regime de home office.

Rachel disse que monitora o uso do celular e filtra os conteúdos que a filha acessa. "Tem fim de semana que o celular é confiscado porque eu acho que atrapalha um pouco. Eu não fico torturando ela para estudar sem parar para tirar nota 10, ela gosta de estudar e de ver o resultado do estudo na forma das notas", explica.

Integrante da geração dos anos 2000, Ana Luiza não tem o hábito de assistir televisão. "A maioria dos conteúdos que ela se interessa está na internet. Eu vejo que ela tem um conhecimento geral bom. Ela é interessada em política, em artes, ela tem interesse por temas que acho que nem era pra idade dela", conta Rachel.

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