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Estudantes de Goiânia criam minisatélites para monitorar lavouras e incêndios

Arquivo pessoal
Satélites desenvolvidos por alunos do Sesi Campinas, em Goiânia

Cinco equipes de estudantes do colégio do Serviço Social da Indústria (Sesi) Campinas, em Goiânia, participam no próximo mês da terceira etapa da 1ª Olimpíada Brasileira de Satélites. No dia 17 de setembro, todos os projetos do Centro-Oeste serão analisados e os aprovados seguem para a etapa nacional, quando nos equipamentos desenvolvidos pelos estudantes serão, de fato, lançados pra a estratosfera.

Entre os projetos, existe um que pretende monitorar lavouras no estado, outro que quer acompanhar princípios de incêndios e informar os Bombeiros em tempo hábil e outro que pretende mapear e levar internet para a região de Alto Paraíso, para atender a população quilombola. Professor dos alunos que participam das olimpíadas, Leandro Hall diz que acredita nos projetos, que já estão bem ranqueados dentro dos participantes.

São cinco equipes desta escola que estão participando da olimpíada, sendo quatro do ensino fundamental e uma equipe do ensino médio. Na etapa de setembro, as notas serão somas de várias apresentações, entre elas, de testes feitos com os minissatélites. Também conta ponto a apresentação oral sobre as etapas até agora. O evento do centro-oeste em setembro será aberto ao público. “É uma ótima oportunidade para quem quer conhecer os projetos dos alunos, que são ótimos.”

Lançamento

Caso os projetos sejam aprovados e passem para a etapa nacional, Leandro Hall detalha que os equipamentos serão lançados com uso de balões estratosféricos, os mesmo usados para medições meteorológicas. Eles são levados a uma altura de até 35 km e passam a oferecer as informações planejadas. Na fase de setembro, o limite de altura deve ser de até 22 km.

A competição começou em abril do ano passado. A etapa final está prevista para novembro. Os satélites são desenvolvidos a partir de equipamentos encaminhados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), do Governo Federal. Os alunos do ensino médio trabalham com a CanSat (veja foto), que se assemelha a uma lata de refrigerante, e os alunos do ensino médio, com o CubeSat (veja foto), que tem formato de cubo e é um pouco maior.

A 1ª Olimpíada Brasileira de Satélites foi criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e é organizada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São Paulo (USP).

Projetos

O incêndio na região da Chapada dos Veadeiros motivou um dos grupos a fazer um projeto para monitorar toda a região e atualizar os dados a cada dois minutos. Caso algo de errado seja identificado, uma mensagem automática será direcionada ao Corpo de Bombeiros.

Os incêndios em áreas urbanas também motivou os estudantes. Como estudam em Campinas e já ocorreram incêndios que se propagam com muita rapidez em lojas da região, o acompanhamento do satélite deles quer informar os Bombeiros antes que o fogo se alastre.

Outro minissatélite deve monitorar ameaças de garimpeiros e madeireiros à integridade de territórios indígenas no Centro-Oeste. Por fim, dois grupos querem levar internet para a população quilombola que mora na região da Chapada dos Veadeiros.

Arquivo pessoal
Alunos do Sesi Campinas durante aula de robótica
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