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EUA abrem exceções para entrada de jornalistas e estudantes do Brasil e de outros 31 países

ABr

Os Estados Unidos ampliaram sua lista de exceções de interesse nacional (NIE, na sigla em inglês), permitindo que novas categorias de pessoas possam entrar no território americano. Devido à pandemia de coronavírus, o país estabeleceu um rígido controle de entrada de estrangeiros.

Segundo um comunicado divulgado pelo Departamento de Estado nesta segunda-feira (26), as novas exceções passam a valer para viajantes que venham do Brasil, da China, do Irã, da África do Sul, do Reino Unido, da Irlanda e dos 26 países europeus da zona Schengen (de livre circulação).

No entanto, apenas jornalistas, estudantes e acadêmicos inscritos em programas de intercâmbio poderão se candidatar a uma das exceções de interesse nacional. Aos estudantes, a aprovação está condicionada àqueles cujo programa acadêmico começa a partir de 1º de agosto.

De acordo com o comunicado, o Departamento de Estado também continua a conceder NIEs para viajantes que buscam entrar nos Estados Unidos para fins relacionados a trabalhos humanitários, de saúde pública e de segurança nacional. "Esses viajantes e quaisquer outros que acreditem que sua viagem seja do interesse nacional dos Estados Unidos também devem consultar o site da embaixada ou do consulado mais próximo para obter instruções", diz o documento.

O presidente Joe Biden estabeleceu, em 25 de janeiro, restrições de viagem a passageiros não americanos que chegam aos EUA vindos do Brasil e da Europa —uma medida que havia sido derrubada por Donald Trump uma semana antes—, adicionando a África do Sul à lista de limitações.

Já havia exceções para vistos diplomáticos, residentes permanentes (portadores de green card), filhos ou cônjuges de americanos ou a quem viaja por razões humanitárias, de saúde pública e segurança nacional, por exemplo. A restrição não tem data para acabar —depende de nova determinação do presidente.

Há duas semanas, o Departamento de Estado também abriu exceções para estrangeiros que estejam noivos de cidadãos americanos, tenham um possível empregador com sede no país, sejam acompanhantes de menores de idade em condições específicas ou trabalhem no setor de aeronáutica.

Em números absolutos, os EUA lideram o ranking de países que mais aplicaram doses das vacinas contra a Covid-19. Até esta terça-feira, de acordo com os dados compilados pelo Our World in Data, o país administrou 230,77 milhões de doses. No levantamento proporcional ao tamanho da população, os EUA aplicaram 70 doses a cada 100 habitantes, o que coloca o país no oitavo lugar no ranking, empatado com o Reino Unido e atrás de Seicheles (124), Israel (116), Emirados Árabes Unidos (105), San Marino (77), Chile (75), Bahrein (73) e Maldivas (71).

Os EUA ainda é o país com o maior número de casos (mais de 32 milhões) e mortes (572 mil), mas os registros vêm caindo à medida que a imunização avança.

A média móvel de novas infecções desta segunda foi de 55.272 casos —um número ainda alto, mas quase 78% menor que o pico de mais de 250 mil casos registrados em 8 de janeiro. Já as mortes caíram 79,8% entre o pico registrado em 14 de janeiro (3.431) e a média desta segunda (692,71).

Nesta segunda, em meio a uma pressão global para ajudar países menos desenvolvidos no combate à pandemia, o governo americano anunciou que vai liberar até 60 milhões de doses da vacina produzida pela AstraZeneca para outros países —assim que elas estiverem disponíveis.

Ainda não há um cronograma definido, e a lista de países que receberão os imunizantes não foi divulgada. Segundo a Casa Branca, cerca de 10 milhões de doses podem ser liberados "nas próximas semanas" desde que passem por uma revisão de segurança conduzida pela agência regulatória americana, a FDA.

Os outros 50 milhões de doses ainda estão em diferentes estágios de produção.

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