O CMA (Comando Militar da Amazônia) publicou nota nesta quarta-feira (22) dizendo que a onça-pintada Juma, que foi morta na segunda-feira (20), estava no evento de revezamento da tocha "por coincidência".
"A onça-pintada "Juma", mascote do 1º Batalhão de Infantaria de Selva (1º BIS), estava, por coincidência, no Centro de Veterinária do CIGS no mesmo dia do evento, para realização de revisões e cuidados da saúde como, por exemplo, a limpeza da cavidade bucal e a medição biométrica para acompanhamento do estado de higidez da onça", descreve parte da nota do órgão ligado ao Exército.
Ainda de acordo com o CMA, "a onça-pintada protagonista do evento da passagem da Tocha Olímpica foi o "Simba", mascote do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), unidade militar do Exército Brasileiro que sediou o evento".
Tal esclarecimento surgiu depois da revelação de que a onça Juma não tinha autorização oficial para participar do evento, conforme disse o Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas).
Segundo o UOL, as duas onças-pintadas são machos e muito parecidas. À reportagem da empresa do Grupo Folha, que edita a Folha de S.Paulo, o coronel Luiz Gustavo Evelyn confirmou que quem morreu após o evento foi Juma. Segundo ele, a onça não se deslocou de seu habitat natural, que seria o perímetro do Cigs, e por isso não precisaria de autorização especial para estar perto da tocha.
"Ela estava lá e aproveitou-se esse fato para fazê-la participar do evento", disse o coronel ao UOL. Ele também afirmou que a fatalidade que acometeu o animal após a cerimônia (quando ela fugiu, ameaçou atacar um cuidador e foi abatida) não teve "nenhuma relação com o evento da tocha". "Poderia ter acontecido a qualquer momento", disse o militar.
O Comando Militar da Amazônia diz que está apurando o caso e dará uma resposta em até 30 dias.