O ex-funcionário de uma imobiliária é investigado por alterar dados cadastrais de terrenos e aplicar golpes que ultrapassam R$ 800 mil para a empresa. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito se valia da condição de corretor para acessar informações sobre terrenos, alterar os dados e falsificar assinaturas em transferências de lotes. Por não ter tido o nome divulgado, o jornal não conseguiu localizar a defesa do investigado até a última atualização desta reportagem. De acordo com o delegado Caio Menezes, as investigações já identificaram a venda ilícita de 13 lotes e o suspeito além de fraudar os documentos, recebia os valores pagos pelos compradores que não tinham conhecimento do golpe. Primeiro ele alterava o status do terreno dentro do sistema. Por exemplo, se constava que o terreno foi doado, ele mudava para vendido a fim de que as pessoas da administração da empresa não dessem falta do terreno. As pessoas recebiam essas escrituras falsificadas, achavam que estava tudo certo e faziam o pagamento. O suspeito recebia os valores em sua conta que utilizava de argumentos para enganar as vítimas”, disse em entrevista.À reportagem, o delegado Caio Menezes disse que foram vítimas do golpe pessoas jurídicas e físicas. Além disso, o investigador explicou que neste caso a única competência da polícia é identificar e investigar o crime, cabendo as consequências jurídicas do fato ao empreendimento imobiliário.Na última quarta-feira (23), a PC cumpriu mandados de busca, sequestro de bens e quebra de sigilo bancário em desfavor do suspeito. Além disso, a Justiça mandou bloquear as contas bancárias do ex-funcionário, visando assegurar o ressarcimento da vítima no caso de uma futura condenação criminal. A PC informou que as investigações vão continuar, no intuito de identificar o envolvimento de outras pessoas, inclusive servidores públicos e agentes de cartório, a existência de outras vítimas e o real prejuízo causado. O delegado informou que o investigado será indiciado por crimes de estelionatos sequenciais, falsificação de documento público e falsidade ideológica.