Depois de passar pelo câncer de mama em 2019 e câncer no cérebro em 2023, a dona de casa Cárita Moreira, de 57 anos, mantém o otimismo para vencer a doença novamente. Desde julho deste ano, ela trata contra as células cancerígenas no fígado e no osso ao lado do marido, das duas filhas e de três netos. Apesar do diagnóstico desafiador - e amedrontador para a maioria das pessoas - ela segue otimista e, junto a um grupo de mulheres que vive a mesma condição, deseja contagiar positivamente mais pacientes de câncer de mama através de imagens que traduzem a sua realidade.Elas são as protagonistas do projeto "Superando o Câncer: histórias de mulheres vitoriosas", promovido pela Associação das Mulheres Mastectomizadas de Goiás (AMMAG), uma exposição de fotos de 13 mulheres e suas histórias na luta contra a doença, que começa sua 8ª edição nesta quarta-feira, dia 16, e segue até o dia 31 de outubro no shopping Estação Goiânia.Cárita e outras 12 participantes irão contar ao público suas lutas e vitórias através de totens fixados nos corredores do shopping. “A exposição fotográfica retrata mulheres que tiveram a mama reconstruída após mutilação decorrente do tratamento contra o câncer. Mulheres que resgataram a autoestima, a feminilidade e a confiança”, descreve a fundadora do grupo, a policial civil licenciada Marlene Francis Mary Pereira, que também já sofreu com a doença por duas vezes.Desde 2016, a Associação das Mulheres Mastectomizadas de Goiás (AMMAG) ampara e acolhe pacientes que tiveram ou têm câncer, principalmente o de mama, o que mais acomete mulheres no Brasil. E uma das ações do grupo é a exposição de fotos.“Queremos mostrar às mulheres que o câncer de mama não é o fim e, sim, a superação na vida. A doença não é sentença de morte. Queremos afirmar e ilustrar as possibilidades de reinício de uma vida plena após a percepção inicial de mutilação que a mastectomia produz no imaginário feminino”, diz Marlene. O grupo Superação acolhe mais de 180 mulheres atualmente.Danilo Facchini, responsável pelos registros, trabalha com o grupo desde 2019 e diz que sempre buscou registrar a positividade da vida nas fotos. “Buscamos registrar imagens com cores vivas, sorrisos, alegria para demonstrar que o tratamento tem o otimismo e a vontade de vencer. O grupo sempre está buscando e conseguindo alcançar mais mulheres, e luta por mais inclusão e políticas públicas a cada ato que fazemos na campanha Outubro Rosa”.