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Faça a criançada se mexer para combater a obesidade. Veja dicas

Modificado em 19/09/2024, 01:12

Faça a criançada se mexer para combater a obesidade. Veja dicas

(iStork)

Dados levantados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que cerca de 39 milhões de crianças lidam com a obesidade em seu dia a dia no mundo. Esse é um número preocupante, principalmente se considerarmos que estamos falando de uma das doenças mais complexas da atualidade.

Por isso, combater o sedentarismo infantil é uma prioridade. Fazendo com que os pequenos se mexam mais, é possível diminuir a incidência de sobrepeso e permitir que eles tenham uma infância mais saudável, assim como uma vida adulta mais equilibrada.

Confira algumas dicas para evitar o sedentarismo infantil e fazer com que as crianças se mexam mais no dia a dia.

1 IMPONHA LIMITES
O primeiro passo é impor limites. É notório que a tecnologia é válida, mas tempo demais em frente às telas não é algo recomendado para o bem-estar físico e psicológico das crianças. Sendo assim, estipule horários e prazos para que elas entrem em contato com esse tipo de recurso.

2 CUIDE DA SAÚDE FÍSICA E MENTAL
Depois, é fundamental cuidar da saúde física e mental da criançada. Como vimos, há uma série de problemas que podem estar associados ao sedentarismo infantil, sendo essencial buscar meios de resolvê-los sempre que possível. Assim, o estímulo à prática de atividades será feito com segurança e sem pressão para a criança.

3 INVISTA EM ATIVIDADES FÍSICAS
O próximo passo é incentivar os pequenos a praticar atividades. Mas não foque apenas em uma: dê escolha e permita que eles escolham o que mais combinar com os próprios gostos e personalidade. A boa notícia é que há inúmeras alternativas, como natação, ciclismo, futebol, dança e vôlei.

4 PROPONHA ATIVIDADES DIVERSAS
Além da prática de esportes, é interessante focar em atividades diversas, que podem estimular a criança. Brincadeiras em grupo como queimada e pique esconde são as melhores maneiras de incentivar a movimentação entre os pequenos.

5 BUSQUE ALTERNATIVAS
Da mesma forma que acontece com os adultos, é importante focar em alternativas para fazer com que as crianças se mexam mais. Que tal ir à padaria caminhando, em vez de usar o carro? Ou subir os degraus das escadas, no lugar de usar o elevador ou as escadas rolantes? Esse tipo de prática ajuda muito.

6 PARTICIPE
Por fim, não deixe que a criança faça tudo sozinha. Os adultos são uma fonte de inspiração para os pequenos e, se você se exercitar, é muito provável que os inspire a querer praticar o mesmo ato. Então, faça a sua parte e dê o exemplo.

EXTRA - O sedentarismo infantil é algo grave e que pode trazer sérias consequências para o bem-estar e a qualidade de vida das crianças. Vale ressaltar que ele também pode levar prejuízos para a vida adulta, com uma maior tendência a desenvolver uma série de problemas de saúde no futuro. Então, fique de olho!
Fonte: Hospital Albert Einstein

IcCidade

Cidades

Prefeitura de Goiânia vai licitar canalização do Córrego Cascavel

Primeiro processo licitatório desta gestão é para continuar serviço iniciado ainda em 2015 e paralisado há 9 anos. Projeto não prevê realização das pistas para marginal

Modificado em 22/04/2025, 22:32

Canalização do Córrego Cascavel se arrasta há 10 anos e vários mandatos

Canalização do Córrego Cascavel se arrasta há 10 anos e vários mandatos (Diomício Gomes / O Popular)

A atual gestão municipal de Goiânia publicou seu primeiro edital de processo licitatório para obras. Porém, novos serviços ainda não estão previstos. A licitação é para a contratação de empresa que será responsável por realizar o serviço de canalização do Córrego Cascavel no trecho de 1,2 quilômetro (km) entre as avenidas Castelo Branco e Padre Wendel, no Setor Campinas. Também serão construídos dois bueiros celulares, sendo um sob a Avenida Anhanguera e o outro sob a Padre Wendel. O processo será de concorrência, sendo vencedora a empresa que ofertar o maior desconto. O preço inicial é de R$ 22,7 milhões.

Desde janeiro deste ano, por decreto do prefeito Sandro Mabel (UB), as licitações da Prefeitura de Goiânia que estavam abertas foram suspensas para análise dos processos administrativos e também em razão da contingência financeira. Também foi proibida a realização de novas contratações, o que adiou a finalização de obras previstas pela gestão anterior. O retorno da licitação, porém, ainda é pontual, visto que, segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), "por ser uma obra custeada com recursos federais, iniciada em 2014, é imperativa sua conclusão".

A obra de canalização do Córrego Cascavel foi iniciada na gestão Paulo Garcia (PT), em 2015, com a previsão de finalização em até 18 meses. Porém, o projeto era da Avenida Castelo Branco até a Avenida Leste-Oeste, no Setor Vila Santa Helena, e também constavam as pistas da Marginal Cascavel e os acessos às vias que cruzariam o trecho. Segundo a Seinfra, "o recurso contratado em 2011 era suficiente na época para a realização das obras em todo o trecho. No entanto, como o valor do repasse federal não é atualizado, foi necessária a redução da meta de forma a utilizar apenas o saldo disponível".

Na época, a obra lançada pelo petista tinha a previsão de gastos de R$ 40 milhões e a realizadora era empresa Emsa. Porém, já no começo de 2016 os serviços foram paralisados com menos de 10% da execução do projeto, e houve uma disputa judicial entre as partes em razão do distrato contratual. As gestões posteriores, tanto de Iris Rezende (2017--2020) como de Rogério Cruz (2021--2024) mantiveram a obra na lista de realizações a serem feitas, mas não ocorreu a retomada até então. O processo atual, porém, é decorrente de ações realizadas ainda em 2023, com o início da nova gestão federal. O Ministério das Cidades passou a rever todas as obras com recursos da União que tinham sido iniciadas para que fossem finalizadas ou os recursos devolvidos, o que foi divulgado pelo POPULAR em julho daquele ano.

Devolução

Na justificativa da licitação, o Paço Municipal disserta que "a obra no atual estado em que se encontra não atende às funções para as quais foi projetada". Sendo assim, o procedimento licitatório "se faz necessário para Contratação de empresa especializada em obras e serviços de engenharia para Conclusão da obra de Canalização do Córrego Cascavel do Trecho entre Avenida Castelo Branco e Avenida Padre Wendel, custeada com recurso federal da União do Convênio n° 035101369/2011 Canalização do Córrego Cascavel". Até por isso, conforme cita o documento, em consonância com o "Acórdão TCU Plenário n° 2.229/2018, que estabelece obrigações de natureza contínua, até a efetiva retomada das obras de implantação de canalização no Córrego Cascavel, em Goiânia/GO, celebra-se este novo processo licitatório a fim de dar funcionalidade às obras iniciadas e evitar que este município tenha que promover a devolução dos valores de repasse já utilizados, de cerca de R$ 4.744.707,75, e evitar a perda do saldo do repasse que custeará a obra", explica.

A Seinfra reforça que "o contrato de repasse prevê que, em caso de encerramento do contrato sem a obtenção da funcionalidade da obra, os recursos aplicados devem ser devolvidos à União" e explica que o processo licitatório foi iniciado internamente "em setembro de 2023 e está sendo publicada agora em função da renovação da licença ambiental, emitida em dezembro de 2024". A licença emitida pelo órgão ambiental municipal que consta nos anexos do processo licitatório permite a construção da canalização e dos bueiros presente no edital, mas também das pistas e acessos da continuidade da Marginal Cascavel, até a Avenida Leste-Oeste. "Todas as demais licitações estão em análise e serão liberadas após aprovação orçamentária e financeira", informa a secretaria municipal.

Válido lembrar que a construção da Marginal Cascavel em Goiânia foi iniciada ainda em 1991 e nunca finalizada. Até então, apenas o trecho entre as avenidas T-2 e Castelo Branco possui as pistas nos dois sentidos. Já no sentido Sudoeste-Oeste há ainda as vias da Avenida C-4 até a Avenida T-2. Em 2013, a gestão Paulo Garcia tinha licitado a construção de toda a Marginal Cascavel, o que foi denominado, à época, de Corredor Cascavel. A obra tinha ficado sob a responsabilidade da Delta Construções, que na época esteve envolvida nas operações Monte Carlo e Saqueador, em que as acusações apontavam a influência de Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Na época, a Prefeitura decidiu romper todos os contratos que tinha com a Delta como forma de precaução, visto que não havia indícios de ilícitos nestes acordos em específico. Com o fim do acordo, a obra da Marginal Cascavel não foi continuada e ela passou a ser projetada por trechos, como no caso da Avenida Castelo Branco até a Avenida Leste-Oeste. Em 2019, a gestão Iris Rezende (MDB) chegou a licitar o trecho entre as avenidas C-2 e T-9, na região do Setor Jardim América, mas as obras não chegaram a ser feitas e a marginal continuou sem finalização.

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Esporte

Após empate, presidente do Atlético-GO reclama da arbitragem e pede "ousadia"

Dragão sai na frente, mas empata com Cuiabá no Accioly

Modificado em 22/04/2025, 22:26

Alix Vinícius, do Atlético-GO, e Sander, do Cuiabá, disputam pelo alto

Alix Vinícius, do Atlético-GO, e Sander, do Cuiabá, disputam pelo alto (Wesley Costa / O Popular)

O Atlético-GO saiu de campo, na noite desta terça-feira (22), com o gosto amargo pelo empate de 1 a 1 com o Cuiabá-MT, um dos favoritos ao acesso à elite nacional, na partida disputada no Estádio Antônio Accioly. O Dragão reclama de um gol anulado pela arbitragem, com o uso do VAR, aos 42 minutos do segundo tempo, marcado pelo atacante uruguaio Federico Martínez.

O Atlético-GO completou três rodadas sem vitória na Série B, após empatar com o Botafogo-SP e perder para a Ferroviária-SP fora de casa no giro pelo interior paulista. A igualdade no placar diante do Cuiabá e a arbitragem foram expostos pelo presidente do clube, Adson Batista, após a partida, que disse que "o Atlético-GO foi prejudicado pela arbitragem".

O gol atleticano foi anulado por pé alto de Federico Martínez no adversário. Houve a recomendação de revisão do lance e o árbitro de campo, Lucas Casagrande/PR, foi ao monitor. Depois, anulou o gol. Adson Batista reclamou da interpretação e da intervenção do VAR.

"O que me deixa chateado é que saiu uma normativa dizendo que o VAR seria menos intervencionista. O VAR só serve para atrapalhar. Vem um árbitro inseguro, já induz um árbitro inseguro, um árbitro que amarela todo mundo, não sabe levar o jogo. A arbitragem brasileira a cada dia está deteriorando, piorando", disse o dirigente.

Ao mesmo tempo, o dirigente elogiou o comportamento do time, antes criticado por ele por se mostrar "sem alma". Para Adson Batista, a equipe poderia ter vencido, mas "faltou leitura" do técnico Cláudio Tencati ao substituir o meia-atacante Robert no segundo tempo. Na avaliação do dirigente, o time não poderia "baixar as linhas" quando vencia por 1 a 0, com o gol marcado logo aos 2 minutos do primeiro tempo pelo volante Luizão.

O Atlético-GO teve mais chances de ampliar o placar na nova formação utilizada por Cláudio Tencati. Entre as novidades, a volta do zagueiro Alix Vinícius ao time, mas o jogador não conseguiu evitar o giro do atacante Derik Lacerda aos 33 minutos do segundo tempo. Luizão, outra novidade, foi elogiado.

"O Atlético-GO é time para jogar no campo adversário", apontou Adson Batista. Segundo ele, é necessário ter "ousadia" para jogar na Série B. Por isso, discordou da saída de Robert e também admitiu a necessidade de se contratar mais um lateral esquerdo, para brigar pela posição com Guilherme Romão.

IcCidade

Cidades

MP pede fim de contrato milionário da Comurg

Promotora afirma que acordo de estatal com escritório de advogados para prestação de serviços jurídicos, da forma como foi feito, não preenche os requisitos legais previstos por lei federal

Modificado em 22/04/2025, 22:23

Promotora Leila Maria diz que Comurg deveria ter feito licitação

Promotora Leila Maria diz que Comurg deveria ter feito licitação (João Sérgio)

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) recomendou ao prefeito Sandro Mabel (UB) que anule o contrato sem licitação de R$ 1,44 milhão feito pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) com o escritório Tadeu Abreu & Marllus Vale Advogados para prestação de serviços jurídicos diversos por um ano. Para a promotora Leila Maria, da 50ª Promotoria de Justiça de Goiânia, não há justificativa plausível para a contratação ocorrer sem licitação.

Leila destaca em sua recomendação que o valor a ser pago ao escritório pode aumentar, pois pode ser renovado por até cinco anos, o que elevaria os repasses a até R$ 7,2 milhões. A notícia da contratação foi dada em primeira mão pela CBN Goiânia, em 14 de abril. No mesmo dia, O POPULAR mostrou que um dos motivos alegados para não fazer a licitação é a confiança no contratado e um suposto complô entre grandes e pequenos escritórios "a fim de explorarem o 'nicho' Comurg".

A promotora afirma que a contratação da forma como foi feita não preenche os requisitos legais previstos na Lei Federal 13.303/2016 (Lei das Estatais) e pela tese de repercussão geral 656558, fixada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), de novembro de 2024. Não estariam comprovados no processo que resultou no contrato a notória especialização do escritório nem a singularidade no serviço a ser praticado.

"Cumpre observar que a inexigibilidade de licitação é exceção à regra da competição e, como tal, deve ser interpretada restritivamente, exigindo demonstração robusta e documental da reunião dos requisitos supracitados. Ausente qualquer desses elementos, a contratação direta se torna flagrantemente inválida", escreveu a promotora. Ela critica o argumento da Comurg de que seu corpo jurídico não tem especialização para lidar com o volume e complexidade de processos existentes.

Com base no contrato, o escritório vai dar suporte ao departamento jurídico da Comurg em processos judiciais e administrativos com foco em ações de maior complexidade e é obrigado a manter de forma integral um advogado nas dependências da companhia e a atuar em no máximo 400 processos por mês, por um ano. Na época, a companhia informou ao jornal que outros dois escritórios foram procurados antes e declinaram.

No termo de referência -- documento em que o contratante esclarece o objeto a ser contratado e os elementos que justifiquem a contratação --, o diretor jurídico da companhia, Luciano de Paula Cardoso Queiroz, exalta a relação de confiança existente entre a Comurg e o escritório. "A confiança está plenamente estabelecida, sendo um aspecto incontestável na escolha do escritório e seus profissionais. Os advogados do escritório são amplamente reconhecidos e respeitados."

A promotora explica que o departamento jurídico deveria ter condições de lidar com a demanda existente, pois se trata de serviços rotineiros e de natureza comum, sem a complexidade alegada pela diretoria, que o corpo de advogados é maior do que o informado na documentação e que a situação de dependência da Comurg em relação à Prefeitura permite que a companhia recorra à Procuradoria-Geral do Município (PGM). "A contratação por inexigibilidade foi utilizada de forma abusiva para mascarar eventual favorecimento indevido, em violação ao princípio da impessoalidade", afirmou.

Por meio de nota, a Prefeitura afirma que ainda não foi notificada sobre a recomendação do MP-GO e que, assim que o documento for recebido, "o mesmo será analisado pelas áreas competentes para as providências cabíveis". A Comurg disse que só vai se pronunciar após a notificação de entrega do documento enviado pela promotora.

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Cidades

Homem escapa de júri por homicídio e pega 9 anos e 2 meses

Lucas Silva matou casal de namorados com golpes de canivete durante briga em uma distribuidora em Caçu, no Sudoeste goiano. Para jurados, a intenção dele era lesioná-los

Modificado em 22/04/2025, 22:21

A jovem Jordana Rodrigues, morta a golpes de canivete em crime flagrado por câmera de vídeo (direita)

A jovem Jordana Rodrigues, morta a golpes de canivete em crime flagrado por câmera de vídeo (direita) (Reprodução/Redes Sociais/ Divu)

O acusado de matar um casal com golpes de canivete em uma distribuidora de bebidas em outubro na cidade de Caçu, a 330 quilômetros de Goiânia, escapou de uma condenação por duplo homicídio doloso. O júri considerou que Lucas Silva, de 30 anos, não tinha intenção de matar Jordana Rodrigues de Faria, de 19, e Pablo de Souza Batista, de 25, mas, sim, de lesioná-los. Com isso, a pena imposta pela Justiça foi de nove anos e dois meses de prisão. Lucas está detido desde 18 de outubro.

O caso ganhou repercussão na época por causa de um vídeo que viralizou na internet mostrando o momento em que Lucas golpeia Pablo sete vezes e Jordana, três. O crime foi na madrugada de um domingo. Antes da distribuidora, Pablo esteve com um amigo em um bar, no mesmo estabelecimento em que também estavam as vítimas, acompanhadas de uma amiga. Na distribuidora, Pablo e o amigo chegaram primeiro, antes do casal com a amiga.

Lucas argumenta que foi Pablo quem avançou em sua direção, querendo brigar na distribuidora após um desentendimento em um bar que não o envolvia diretamente, mas, sim, um amigo. Admitiu que estava embriagado no momento da discussão que causou o crime e disse que se sentiu ameaçado ao ver a vítima com a mão na cintura. Declarou também que, após ferir Pablo no meio da rua, foi segurado por Jordana, mas não percebeu que era ela e, assustado, a golpeou também. Em seguida, fugiu.

No júri, a defesa argumentou que a morte de Pablo se deu em situação de legítima defesa do réu. Já a de Jordana teria sido lesão corporal seguida de morte ou então homicídio privilegiado -- quando o acusado age tomado por forte emoção. Com a decisão dos jurados, a tipificação do crime pelo qual Lucas respondia passou para lesão corporal seguida de morte em ambos os casos. Antes, ele estava sendo processado por homicídio doloso com duas qualificadoras, o que faria a pena poder chegar a 30 anos.

Ao calcular a pena, a juíza Maria Clara Merheb Gonçalves Andrade, da Vara Judicial de Caçu, levou em conta o fato de Lucas ter perseguido Pablo mesmo já tendo aplicado os primeiros golpes. "O modo de execução evidencia especial brutalidade, com insistência na prática criminosa mesmo após verificar que ela não possuía qualquer arma." Ela afirma que a motivação foi desproporcional. Sobre Jordana, a magistrada destaca que ela tentava apenas cessar a agressão contra o namorado.

Para cada morte, o réu foi condenado a quatro anos e sete meses, somando nove anos e dois meses em regime fechado. O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) defendia que o réu teve intenção de matar Pablo, pois o atacou quando conversava com outra pessoa. "Lucas agiu com dolo de matar, além de direcionar sua ação com consciência e pleno discernimento de que sua conduta se tratava de um fato típico, ilícito e culpável."

Entenda o caso

Antes do crime na distribuidora, Lucas estava com um amigo em um bar próximo e, nesse estabelecimento, se envolveu em uma discussão com Pablo, Jordana e uma amiga do casal. Existem divergências sobre o que motivou essa primeira discussão e quem de fato brigou com as vítimas, se Lucas ou o amigo. O réu diz que viu o casal discutindo e que foi o amigo quem brigou com Pablo. Já a amiga do casal afirma que Lucas provocou Jordana, irritando o namorado dela ainda dentro do bar.

Lucas e o amigo saíram do bar e foram para a distribuidora em um carro. Minutos depois, chegaram o casal e a amiga, todos em uma moto. Jordana se aproximou de Lucas e eles começaram a dialogar. Nesse momento, existe nova divergência, sobre quem provocou ou ameaçou quem, se Pablo ou Lucas. Então, o réu sacou o canivete, aplicando golpes em Pablo. Ele diz que agiu por se sentir ameaçado. O MP-GO diz que não houve ameaças.