O término das obras do corredor exclusivo de transporte coletivo, BRT Norte-Sul, iniciadas em maio de 2015, foi adiado para o começo de março. A última previsão da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra), dada no final de janeiro, era de que o corredor teria seu trecho 2, entre os terminais Isidória e Recanto do Bosque, entregue no final deste mês de fevereiro, com as 31 estações totalmente finalizadas, calçadas revitalizadas com piso acessível e paisagismo.No entanto, as seis últimas estações, que são as plataformas de embarque e desembarque, ainda vão passar por serviços finais nesta quinta-feira (29) e a previsão é que elas passem por vistoria nos primeiros dias de março antes de serem entregues para a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), o que pode ocorrer na segunda-feira (4).A companhia faz a sua vistoria, assina o termo de aceite e repassa as plataformas para o consórcio das empresas concessionárias do sistema de transporte metropolitano para fazer as adequações e instalação de mobiliário e equipamentos, um trabalho que demora de 30 a 60 dias.A Prefeitura de Goiânia tem prometido que os ônibus passarão a operar no corredor a partir de julho deste ano, inclusive com veículos elétricos entre a frota. A previsão da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC) é que seis ônibus elétricos do tipo padron, de 15 metros de comprimento, cheguem para operar no BRT Norte-Sul até meados deste ano.O consórcio responsável pelas obras do BRT Norte-Sul, segundo apurou o jornal, deve realizar ainda obras de ajustes neste período de vistoria e adequações do sistema de transporte. Os ajustes devem ocorrer sobretudo nas calçadas, em que há dificuldade em finalizar o serviço na Avenida Goiás por se tratar de ter um piso de pedras portuguesas, além da instalação dos pisos táteis e a acessibilidade. A previsão é que estes serviços sejam finalizados até o final de março, o que cumpre com o aditivo assinado pelo consórcio com a Prefeitura no final de janeiro passado.Na época, depois de ter prometido entregar o corredor finalizado até 31 de dezembro do ano passado, a Seinfra tinha informado sobre uma nova previsão de finalização até aquele mês de janeiro. No entanto, no dia 31 do mês foi assinado o aditivo em que dá prazo final para a execução da obra até o dia 31 de março, mas o contrato é assinado até o final de maio. Essa diferença se dá por questões burocráticas, como para o caso da obra não passar pela vistoria final ou precisar de alguma nova adequação ou conserto, como no paisagismo, com o plantio das árvores em quantidade definida pela compensação ambiental dos espécimes que foram suprimidos pela obra.Esse é o décimo segundo adiamento da promessa de entrega do trecho 2 do BRT Norte-Sul desde o início da obra, que completa nove anos em maio próximo. Ou seja, é mais de um adiamento por ano. Desde o começo do ano passado são seis datas distintas que a gestão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) afirma que finalizaria as obras.Depois de um negociação encabeçada pelo próprio prefeito, houve a promessa de entrega em junho do ano passado. O prazo foi prorrogado para setembro, quando o Paço fez um acordo com o consórcio responsável pela obra de terminar o corredor até 31 de dezembro, assumindo o compromisso de pagar taxas administrativas na ordem de R$ 15 milhões. Então, foi adiado para janeiro, depois final de fevereiro e agora para março.