As gêmeas siamesas Valentina e Heloá, iniciaram alimentação intravenosa nesta sexta-feira (13) para fortalecer o organismo. As duas precisam ter condições clínicas para voltar ao centro cirúrgico nos próximos dias. De acordo com a equipe médica as meninas seguem respirando com ajuda de aparelhos.Conforme o boletim médico, as gêmeas estão enfrentando bem o período de recuperação cirúrgica e não há sinais de infecção, as feridas operatórias foram consideradas "em bom aspecto",A cirurgia de separação das gêmeas siamesas foi realizada nesta quarta-feira (11) e durou cerca de 15 horas. O próximo passo, de acordo com o cirurgião pediátrico que realizou o procedimento, Zacharias Calil, é uma cirurgia de aproximação da pele e enxerto que deve ser realizada dentro de 3 semanas caso as gêmeas tenham condições adequadas para voltar à mesa cirúrgica, segundo a equipe médica.“A próxima cirurgia é mais simples que a cirurgia de separação e o objetivo é viabilizar o fechamento da região abdominal para dar sequência ao tratamento”, explicou o médico Zacharias.Ele explicou também que as gêmeas são mantidas respirando com ajuda de aparelhos para preservar a estrutura abdominal, já que elas não tem musculatura no abdômen. Segundo o cirurgião pediátrico as meninas vão precisar continuar na UTI por vários dias em observação.“Elas precisam de um repouso no organismo para estabilizar cada vez mais, porque a cirurgia de separação provoca um desequilíbrio total do organismo das duas”, disse.Heloá, a gêmea de menor estatura é q que apresenta melhor recuperação até o momento. O médico Zacharias Calil explicou que que em casos de siamesas a criança menor mantém o funcionamento do organismo da maior.“A irmã maior funciona como se fosse um gêmeo parasita roubando nutrientes da outra. E a irmã menor muitas vezes se alimenta muito mais que a maior, mesmo assim a maior pega os nutrientes dela e por isso a Heloá está melhor clinicamente que a Valentina”, esclareceu.A cirurgiaHeloá e Valentina Prado, tem 3anos, e são naturais de Guararema, no interior de São Paulo. Elas nasceram unidas unidas pelo tórax, abdômen, bacia, fígado, intestinos delgado e grosso, e genitália. Até que a cirurgia realizada na quarta-feira (10) acontecesse foram 2 anos de acompanhamento médico.Com cerca de 15 horas de duração, a cirurgia realizada no Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia, foi considerada uma das mais complexas que o médico Zacharias Calil acompanhou. A equipe formada tem participação de mais de 50 profissionais de diversas especialidades.