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Genéricos x Similares: Qual medicamento escolher?

No mercado farmacêutico é possível encontrar três tipos de medicamentos, o de referência (ou de marca), o genérico e o similar, e para muitas pessoas ainda é difícil optar por um deles com a certeza de qual é o mais adequado e principalmente quais são as diferenças e eficácias de cada um.

Segundo o farmacêutico e gerente regional da Drogaria Santa Marta, Gleiciano Veríssimo, o receio do consumidor na hora da escolha é referente ao resultado. “A dúvida mais frequente é se o medicamento realmente vai fazer o efeito esperado e se tem o mesmo princípio ativo, muitas vezes as pessoas optam pelo medicamento de referência por falta de informação e a não orientação do médico sobre a possibilidade de escolha pelos similares e genéricos” observa.

Os medicamentos de referência são produtos inovadores, que chegam ao mercado depois de indústrias farmacêuticas comprovarem cientificamente, junto ao Ministério Público e a Vigilância Sanitária, sua eficácia terapêutica, segurança e qualidade, geralmente são medicamentos com novos princípios ativos descobertos ou que são novidades no tratamento de doenças.

Os medicamentos genéricos têm o mesmo efeito, a mesma posologia (dosagem) e indicação terapêutica, sendo o que difere esse tipo de medicamento é que ele não tem marca e sua embalagem contém a frase “Medicamento Genérico”. O consumidor pode, com a mesma receita, escolher qual das duas opções levar, por que ambos têm o mesmo fármaco (princípio ativo) e forma farmacêutica, pois neles são realizados estudos de bioequivalência, para garantir a qualidade e a substituição segura.

Os medicamentos similares, também conhecidos como populares, possuem as mesmas características que os medicamentos de referência, a diferença entre eles está relacionada a alguns aspectos como o prazo de validade, embalagem, rotulagem, no tamanho, forma do produto e pelos mesmos não poderem ser substituídos pelos de referência quando assim prescritos pelo médico. Qualquer um desses medicamentos são aprovados e inspecionados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Segundo dados de 2013 do Conselho Federal de Farmácia (CFF) a indústria de medicamentos genéricos registrou alta de 15,3% em vendas, na comparação com o mesmo mês de 2012. A maior diferença na hora da escolha do medicamento ainda está no bolso, o genérico e o similar podem ser no mínimo 35% mais baratos que o medicamento de referência.

“Eu como profissional farmacêutico, sempre deixo bem claro para o cliente, em caso de dúvida, que todos passam por testes de comprovação de eficácia e tempo de ação, são respectivamente iguais, portanto o preço se torna o fator decisório” pontua o farmacêutico.

Para quem ainda tem dúvidas na hora da escolha e se o receitado pelo médico pode ser substituído, a melhor recomendação é consultar o farmacêutico presente na farmácia. “O farmacêutico está apto a solucionar qualquer dúvida referente a utilização dos medicamentos de referência, genérico e similar” orienta Gleiciano Veríssimo.

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