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Goiás deve sofrer com montanha-russa térmica até o final de semana; entenda

Diomício Gomes
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“Tira casaco. Bota casaco”. Essa frase que ficou famosa no reboot da franquia Karatê Kid passa a fazer sentido para os goianos que devem continuar sofrendo com a montanha-russa térmica - alternância entre calor e frio,  até o final desta semana, de acordo com o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). A frente fria deve permanecer até a próxima quarta-feira (14), conforme a meteorologia.  

Para se ter ideia da variação térmica, na manhã desta terça-feira (13), Goiânia registrou a menor temperatura do ano com 6,5°C. No entanto, a previsão é que até o final da tarde, os termômetros cheguem a 30°C.  

Ao Daqui, o gerente do Cimehgo, André Amorim, explicou que a montanha-russa térmica ocorre por conta da presença de uma massa de ar frio de origem polar que subiu e permaneceu sobre o continente. Com isso, houve uma baixa nas temperaturas neste mês, que costuma ser de calor. Além disso, houve a formação de um ciclone no sul do país. 

"Tivemos a formação de um ciclone, que está sobre o Rio Grande do Sul. Na segunda-feira (12), ele estava mais próximo e pegava o ar frio e jogava para dentro do continente, como se fosse uma pá. Hoje ele já está mais afastado, então a tendência é que amanhã ainda tenha um pouco de frio”, afirmou o gerente do Cimehgo. 

Conforme o órgão, a partir desta quinta-feira (15), as temperaturas devem subir e o valor retorna consideravelmente já no final de semana. 

Segundo Amorim, a montanha-russa climática, que sobe e desce as temperaturas durante o dia e também ao longo da semana, pode provocar problemas na saúde, que se agravam com a baixa umidade relativa do ar. 

"Ficamos um pouco entretidos com o frio, mas a umidade relativa do ar está baixa. Ontem (12), vários locais estavam até abaixo de 20%, porque o frio ajuda a fazer com que o ar fique mais seco”, acrescentou.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informou que a umidade do ar chegou a 7% em Cristalina, a 283 km de Goiânia, nesta segunda-feira (12), marcando o menor índice registrado no Brasil. O recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é 60%. 

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