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Goiás já faz testes para detectar monkeypox, diz Saúde

Reprodução
Hoje, Lacen-GO já analisa amostras de pacientes com suspeita de infecção

A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que Goiás realiza testes para detecção da monkeypox (varíola dos macacos) desde o dia 14 de setembro. A análise das amostras, que antes era feita no Distrito Federal, agora acontece por meio do Laboratório Estadual Central de Saúde Pública (Lacen-GO) que as recebe das unidades de saúde.

Conforme a SES, não houve nenhuma mudança para as unidades de saúde, que continuam recebendo os kits de coleta. A diferença é que as amostras que antes seguiam para o Lacen-DF agora ficam no Lacen-GO, onde já passam por análise em caráter de rotina para a confirmação, ou não, da doença. "A coleta e o envio para o Lacen-GO permanecem inalterados", destacou.

Inicialmente, os exames eram enviados para a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que fazia as análises. O resultado saía em até sete dias. Posteriormente, a referência para as análises passou para o Lacen-DF.

Hoje, segundo a SES, o diagnóstico do Lacen-GO ocorre entre 24 e 72 horas.

Como está a lida com a doença em Goiás

Ainda segundo a SES, os procedimentos para a prevenção e tratamento da monkeypox estão descritos no Plano de Contingência Estadual, que segue as orientações do Plano Nacional.

O atendimento inicial para pessoas que apresentam sintomas de monkeypox - ínguas no pescoço, axilas ou virilha; febre, calafrios, dores de cabela e musculares, cansaço e lesões purulentas na pele, principalmente no rosto, tórax, pernas, mãos e pés -, segundo a pasta, deve ser realizado, preferencialmente, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Atenção Primária, indicando-se internação hospitalar para casos que apresentem sinais de gravidade.

Com o diagnóstico de caso suspeito, o paciente “deve ser mantido isolado (precauções para contato e gotículas)”. “As lesões de pele em áreas expostas devem ser protegidas por lençol, vestimentas ou avental com mangas longas. A notificação à vigilância epidemiológica deve ser imediata”, informou a SES.

“Em relação aos pacientes com bom estado geral, recomenda-se que seja prescrito tratamento sintomático e orientado ao paciente a realização de isolamento domiciliar até o desaparecimento das crostas. O monitoramento dos casos suspeitos e ou confirmados serão acompanhados pelo Centro Estadual de Orientações e Informações em Saúde (Cori), e acordo com o termo de aceite dos municípios, destacou a SES, que disse ainda que a condução do caso “vai depender da presença ou ausência de sinais de gravidade.”

“Para pacientes com sinais e sintomas de sepse, insuficiência respiratória aguda ou encefalite recomenda-se internação hospitalar”, enfatizou.

Por fim, a SES ressaltou que a liberação da vagas seguirá o fluxo conforme a macrorregião. “Na vigência de admitir um paciente com suspeita clínica de monkeypox o hospital deverá notificar imediatamente à Vigilância Epidemiológica local”, concluiu.

Emergência em saúde pública

Goiás tem, hoje, 415 casos confirmados de monkeypox, conforme apontado no boletim da SES de nº 54 do dia 20 de setembro.

Em um plano de contingência divulgado pela pasta em agosto deste ano, que levou em consideração as normativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), a SES formalizou uma série de medidas e orientações voltadas para profissionais de saúde para rastrear e restringir a doença no território goiano.

Segundo a Secretaria, com base nas normativas da OMS, o estado se orienta hoje pela classificação técnica de emergência em saúde pública - quando há transmissão local da doença.

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