A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que foi detectado em Goiânia o segundo caso positivo de raiva em morcego. A Vigilância em Zoonoses disse que a confirmação do diagnóstico foi feita nesta segunda-feira (10) e o animal foi encontrado morto na Vila João Vaz, na região Oeste.As formas de transmissão da raiva para humanos é através do contato com a saliva dos animais infectados, que pode acontecer principalmente pela mordida, arranhões ou lambidas. A vigilância disse que está em alerta após os casos positivos nos morcegos e pede para que a população procure uma unidade de saúde em caso de incidentes com animais.Veja as orientações da SMS no final da matéria.A espécie encontrada com a raiva se alimenta de frutos e não teve contato direto com humanos ou animais. O outro caso confirmado na capital foi em março deste ano no Setor Leste Universitário, de uma espécie insetívora, que se alimenta de insetos.As amostras desses dois casos foram encaminhadas para o laboratório de referência para serem tipificadas. A Superintendência de Vigilância em Saúde e a Diretoria de Vigilância em Zoonoses, alerta que todos os cães e gatos que tiverem contato com morcegos devem ser notificados para que recebam a vacina contra raiva e possam ser monitorados por cerca de 180 dias.O diretor de vigilância em zoonoses, Murilo Reis, disse ao Daqui que a média de casos encontrados em Goiânia é de 2 a 3 por ano, e apesar de estar dentro da média, existe a preocupação para que humanos e animais domésticos não tenham contatos com morcegos, que são os transmissores da raiva.Murilo disse que apenas três espécies de morcegos no Brasil se alimentam de sangue, e nenhuma delas é encontrada em zona urbana. Estes casos de Goiânia são de animais com dieta restrita à frutas e insetos e risco fica por conta do contato principalmente com cães e gatos.A principal orientação é para que os tutores mantenham em dia a vacinação dos animais domésticos. Murilo alerta que esse é principal cuidado. E ao se deparar com um morcego em casa ou na rua, nunca tentar manusear para evitar acidente com a saliva do animal ou algum arranhão que possibilite a transmissão do vírus. ORIENTAÇÕES À POPULAÇÃO:· Em casos de acidentes com animais domésticos, silvestres e principalmente morcegos, procurar uma Unidade de Saúde o mais breve possível para avaliação da profilaxia de raiva adequada para o caso;· Ao se deparar com um morcego morto, caído ou encontrado em horário e local não habitual (Ex.: pousado em local claro durante o dia) entrar em contato com a Unidade de Zoonoses para que seja feito o recolhimento do animal pelos telefones (62) 3524- 3131 3524-3124 horário comercial e (62) 3524-3130 no período noturno, finais de semana e feriados.· Evitar contato físico com o morcego para minimizar o risco de acidente; isolando-o com panos, caixas de papel ou balde, ou mantê-lo em ambiente fechado para aguardar a captura por pessoas capacitadas.· Informar à Diretoria de Vigilância em Zoonoses se cães e/ou gatos da residência/local de trabalho tiverem contato com morcegos;· Manter cães e gatos maiores de 3 meses, com a vacinação antirrábica em dia, ao menos uma dose ao ano, seja na campanha de vacinação ou nos postos permanentes disponíveis durante todo o ano Sede da Diretoria de Vigilância em Zoonoses e Hospital Veterinário da EVZ/UFG;· Os morcegos são animais de extrema importância para a natureza; portanto, quando voando livremente no período noturno não são considerados animais suspeitos, e nessas condições não oferecem risco desde que não sejam manipulados.