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Governo paga R$ 295 mil para youtubers defenderem reforma do ensino médio na internet

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Uma campanha na internet paga pelo Ministério da Educação (MEC) para divulgar a reforma do ensino médio tem dado o que falar. Youtubers brasileiros receberam R$ 295 mil para falar dos pontos positivos da proposta.

E não foi só isso que gerou polêmica: um dos canais escolhidos para fazer a divulgação é de jovem conhecido por publicar mensagens machistas, racistas e homofóbicas nas redes sociais.

De acordo com o G1, o valor gasto corresponde ao pagamento de seis canais – sendo eles, Rafael Moreira, Malena, Você Sabia?, Pyong Lee, T3ddy e Rato Borrachudo. O objetivo seria informar e levantar o debate sobre o projeto sancionado pelo presidente Michel Temer.

O governo federal defende que as mídias não tradicionais – como os canais no Youtube – são meios adequados para se atingir o público jovem.

“As mídias digitais são uma realidade e a campanha institucional do MEC nestes canais é adequada, legal, barata e eficiente para atingir o público-alvo do Ensino Médio”, declarou a pasta.

O MEC afirma que a escolha seguiu os trâmites de licitações de serviços e comunicação já feitos em gestões anteriores.

Polêmica

Diversos seguidores dos youtubers reclamaram que as informações foram veiculadas sem aviso de que se tratava de postagens patrocinadas, ou seja, como se os jovens tivessem tido a iniciativa “por conta própria” de apontar os pontos positivos da reforma e que estas seriam suas opiniões pessoas.

Além disto, a escolha do canal “Você Sabia” também foi vista com indignação, uma vez que um dos jovens participantes, Lukas Marques, tem postagens com conteúdos racistas, machistas e homofóbicas. Depois da polêmica, o youtuber apagou vários posts, mas internautas compartilham, agora, capturas de telas com as mensagens.

Várias possuem xingamentos e palavras de baixo calão. 

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