Nas últimas semanas, a umidade do ar em Goiás tem variado entre 12% e 21%, considerados níveis de atenção e alerta, segundo o Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).A dermatologista do Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), unidade do Governo de Goiás gerida pelo Instituto Sócrates Guanaes (ISG), Nayana Aveiro, explica que a combinação do tempo seco e a baixa umidade provoca o ressecamento da pele, causando irritações e dermatites. Em casos mais graves, pode levar a infecções bacterianas secundárias, como o impetigo.Nesse período, a médica destaca que é importante manter a pele bem hidratada. Ela recomenda o uso de hidratantes espessos e sem perfume. “Hidratantes com perfume frequentemente contêm muitos aditivos e álcool, tornando-os mais semelhantes a perfumes do que a verdadeiros hidratantes”, explica.A especialista salienta que, embora os hidratantes com ureia sejam eficazes e acessíveis, eles podem causar ardência em pessoas com dermatite ou pele sensível. Para otimizar a absorção, o ideal é aplicá-lo enquanto a pele ainda está úmida, após o banho.Nayana Aveiro também alerta para práticas que podem agravar o ressecamento da pele, como tomar banhos muito quentes, por exemplo, pode ser prejudicial. O melhor é optar por banhos mornos e rápidos. Ficar muito tempo debaixo d'água não hidrata a pele, pelo contrário, remove a proteção natural, como a camada de gordura que ajuda a prevenir o ressecamento. A médica recomenda ainda evitar o uso de buchas, em especial as vegetais, que agridem mais a pele.Para quem tem pele oleosa, a recomendação é a hidratação com produtos específicos, principalmente aqueles em gel. Além disso, usar umidificador de ar em casa. “Essas práticas não só beneficiam a pele, mas também a respiração”, enfatiza a médica do HDT.Ela observa que se mesmo seguindo essas orientações a pele continuar extremamente ressecada, causar desconforto ou surgirem coceiras persistentes, é aconselhável consultar um dermatologista. “O profissional pode fornecer recomendações mais precisas e tratamentos para cada caso”, destaca.