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Homem é preso suspeito de se passar por advogado previdenciário para aplicar golpes em idosos

Divulgação/Polícia Civil)
Polícia Civil divulgou uma das carteiras que o suspeito usava para se passar por advogado

Um homem foi preso em flagrante na quarta-feira (3) em Guapó, na Região Metropolitana de Goiânia, por suspeita de aplicar golpes em idosos se passando por advogado previdenciário. De acordo com o delegado do caso, André Veloso, até o momento ele fez quatro vítimas na cidade de Aragoiânia e três em Guapó. Além disso, uma segunda carteira de advogado falsificada foi encontrada com o homem.

Segundo foi apurado nas investigações da Polícia Civil (PC), Pedro Guilherme Vasconcelos, de 34 anos, usava nomes falsos nos documentos e tinha como foco vítimas idosas se apresentando como advogado previdenciário.

Depois que conseguia a confiança das vítimas ele colocava no próprio celular os aplicativos bancários e habilitava com os doados dos clientes. Dessa forma ele conseguia fazer empréstimos no nome dos idosos, além de realizar várias transações bancárias, explicou a PC.

Foram registrados pelo menos quatro boletins de ocorrência em Aragoiânia. A polícia explicou que, atualmente, ele estava agindo em Guapó, e chegava até a participar de audiências no Fórum da cidade. A última vítima do suspeito foi um idoso de 69 anos, que teve prejuízo de aproximadamente R$ 11 mil.

Segundo a PC no momento do flagrante o suspeito apresentou a primeira carteira de identificação de advogado falsa. O delegado de Guapó, André Veloso contou que depois da divulgação das imagens e informações da prisão, outras duas vítimas da cidade procuraram a polícia. Em um dos relatos o falso advogado usou os dados de um senhor de 75 anos, para fazer um empréstimo bancário. No outro caso ele disse que ajudaria a vítima a conseguir um visto para viajar e cobrava os honorários.

“Uma das vítimas de Guapó, apresentou uma foto que ele mandou pelo WhatsApp e já outra carteira da OAB, com outro nome”, explicou o delegado.

O delegado informou ainda que o falso advogado deve passar por uma audiência de custódia nesta quinta-feira (4) e que até o dia anterior, depois da prisão nenhum advogado tinha se apresentado para defender o suspeito.

A Polícia Civil disse que o suspeito foi preso antes, quando em 2022, se passou por advogado em uma audiência de custódia de um suspeito de tráfico, na cidade de Aparecida de Goiânia.

Por meio de nota a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Goiás, se manifestou e disse que ainda não recebeu nenhuma denúncia formal sobre o caso. Disse ainda que se for constatado a prática de golpes se passando por advogado, configura o crime de exercício ilegal da advocacia, e as penas serão acumuladas às demais.

Veja a nota na íntegra:

A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO) esclarece que possui a Comissão de Fiscalização da Atividade Profissional da Advocacia, responsável por fiscalizar casos que envolvam condutas ilícitas praticadas por pessoas não-inscritas na Ordem que, de forma ilegal, dizem ser profissionais. Este trabalho é feito a partir de blitzes constantes nos locais onde há denúncias de captação ilegal de clientela e de exercício ilegal da profissão.

No referido caso apresentado pela imprensa, não houve nenhuma denúncia formal na Seccional goiana, bem como não há registro de inscrição com os dados informados.

Procedimento

A Comissão recebe as denuncias tanto de profissionais da advocacia, quanto da população em geral. Diante destes casos, o interessado pode comparecer presencialmente à sede da OAB ou enviar as informações através do e-mail fiscalizacao@oabgo.org.br.

Ao receber a denúncia, a Comissão analisa o caso e encaminha as autoridades policias. Se constatado que o envolvido(a) praticou golpes passando-se por advogado(a), ele(a) estará incorrendo no crime de exercício ilegal da advocacia, cujas penas serão acumuladas às demais.

A Ordem, ainda, orienta à população que é possível verificar a veracidade da inscrição de todo advogado de Goiás e do Brasil no site do Cadastro Nacional de Advogados no link www.cna.oab.org.br

Por fim, a Ordem solicita a devida apuração dos fatos por parte das autoridades policiais cabíveis e, se comprovada a denúncia, requer rigorosa punição do acusado para que casos como esse não se reprisem. A atividade jurisdicional é um ofício sagrado. E a OAB como vanguardista da Justiça, lutará sempre pela ética e responsabilidade de seus inscritos.

OAB-GO

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