Geral

Homem é preso suspeito pelo assassinato da irmã do prefeito de Porteirão

Polícia Civil chegou à conclusão da participação por confronto papiloscópico, descobrindo que o autor usava identidade falsa há 12 anos

Modificado em 21/09/2024, 01:14

Elizabeth da Silva

Elizabeth da Silva (Reprodução)

O homem suspeito de cometer feminicídio contra Elizabeth da Silva, de 62 anos, foi preso em flagrante no sábado (13). A mulher, morta a facadas, foi encontrada em casa pelo irmão, prefeito do município, logo após o assassino ligar para família da vítima e contar que ela havia sido ferida durante um assalto. Ela era irmão do prefeito de Porteirão, município localizado a 188 quilômetros de Goiânia, João Henrique Silva (PSB).

De acordo com a PC, a cena do crime não coincidia com a versão do companheiro da vítima, que foi conduzido para a seção de Papiloscopia da Delegacia Regional de Rio Verde. Na oportunidade, o confronto papiloscópico constatou que o suspeito, que usava o nome de "Paulo" há mais de dez anos, era, na verdade, outra pessoa, foragida da justiça do Tocantins desde 2009, também pelo crime de feminicídio contra outra companheira.

Segundo o papiloscopista policial Marcelo Pessoa, o serviço de identificação criminal, por meio de impressões digitais, foi solicitado pela autoridade policial porque o suspeito não possuía documentos pessoais. Ao confrontar os dados com os registros papiloscópicos do Tocantins, ficou comprovada a identidade do autor, que vai responder pelo feminicídio em Porteirão e também por falsa identidade, além da pena já aplicada no estado vizinho.

Geral

Mulher agredida em chácara que pediu socorro pelo whatsapp morre após mais de 20 dias internada

Delvânia Campelo da Silva estava internada em estado grave no Hospital Geral de Palmas desde o dia 22 de março. Segundo a Polícia Civil,o namorado dela, Gilman Rodrigues da Silva, foi indicado pelo crime de feminicídio

Modificado em 13/04/2025, 16:45

Investigação da polícia aponta que Delvânia e Gilman começaram a se relacionar no segundo semestre de 2024 (Arquivo Pessoal)

Investigação da polícia aponta que Delvânia e Gilman começaram a se relacionar no segundo semestre de 2024 (Arquivo Pessoal)

Delvânia Campelo da Silva, de 50 anos, que foi agredida em uma chácara na zona rural de Caseara, morreu após ficar mais 20 dias internada no Hospital Geral de Palmas (HGP). Segundo as investigações da Polícia Civil, Delvânia chegou a pedir socorro por um grupo de aplicativo de mensagens. O namorado dela, identificado como Gilman Rodrigues da Silva, de 47 anos, é o principal suspeito do crime.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que Delvânia Campelo morreu na tarde desta sexta-feira (11), no HGP, onde estava internada em estado grave. O crime aconteceu no dia 22 de março deste ano.

Segundo a Polícia Civil, Delvânia foi agredida com diversos golpes de arma branca na cabeça e na nuca. No dia do crime, a vítima chegou a pedir socorro em grupo, onde havia presença de diversas pessoas da cidade. Ela foi encontrada por um caseiro que chamou a Polícia Militar.

Gilman Rodrigues foi preso no dia 3 de abril, em Paraíso do Tocantins, após ser chamado para prestar depoimento à polícia sobre o caso na delegacia.

A defesa dele informou que a família manifesta 'profundo pesar pelo falecimento' de Delvânia e afirma que aguarda a conclusão das investigações para que todos os fatos sejam 'devidamente aclarados' (veja a íntegra da nota no fim da reportagem) .

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que nesta sexta-feira o inquérito instaurado contra ele foi concluído e ele foi indiciado por feminicídio. Gilman Rodrigues está preso na Unidade Penal de Paraíso do Tocantins, onde aguarda a disposição do Poder Judiciário.

Relembra o caso

Delvânia Campelo da Silva tinha 50 anos e morreu após dias internada (Arquivo Pessoal)

Delvânia Campelo da Silva tinha 50 anos e morreu após dias internada (Arquivo Pessoal)

A Polícia Civil apurou que Delvânia e Gilman namoravam desde o segundo semestre de 2024 e o relacionamento era marcado por diversos episódios de violência doméstica, conforme relato de pessoas próximas ao casal.

No dia do crime, segundo a polícia, Gilman teria agredido com diversos golpes com arma branca, principalmente na nuca, segundo a polícia. Ela foi socorrida em um hospital da cidade, mas precisou ser transferida para Palmas, onde a ocorrência sobre o crime foi registrada, a princípio.

O delegado José Lucas informou que, a partir do momento que fugiu da propriedade, Gilman foi para Palmas e não retornou mais a Caseara, sendo acolhido por parentes na capital.

No primeiro depoimento, ele teria tentado desqualificar a vítima, informando que agiu em legítima defesa. Mas, diante da força empregada nas agressões contra Delvânia, essa versão não teria consistência.

A Polícia Civil também descobriu que ele chegou a mandar mensagens em um grupo de Whatsapp informando que 'não estava acontecendo nada' após a vítima pedir socorro.

"Se ele alega que estava sendo agredido, é um comportamento que é contraditório ao de mandar mensagem no Whatsapp afirmando que a situação está tranquila, acalmando as pessoas que recebem essas imagens e retardando que alguém compareça no local", reafirmou o delegado.

Para dar mais explicações sobre o caso, Gilman foi intimado a prestar novo depoimento. Mas, como a Polícia Civil já havia representado pela prisão preventiva, deferida pela Justiça, a ordem foi cumprida assim que ele se apresentou na delegacia de Paraíso do Tocantins.

Íntegra da defesa de Gilman

A família e a defesa tecnica de gilman rodrigues da silva manifestam profundo pesar pelo falecimento da sra. Delvânia Campelo da Silva.

A defesa aguardará a conclusão das investigações policiais, onde espera que todos os fatos relacionados, inclusive de dias anteriores ao dia 22 de março e detalhadamente a sequência de eventos daquela data, sejam colacionados ao inquérito.

A defesa afirma ainda que os fatos todos serão devidamente aclarados e ainda, todos, independentemente da acusacao, tem direito de defesa e que essa garantia deve ser preservada.

Marcos Candal Advogado

Geral

Jovem desaparecida pode ter sido assassinada e queimada em fornalha de cerâmica pelo companheiro, diz polícia

Adair Gonçalves, de 53 anos, foi indiciado na conclusão da investigação da morte de Míria Mendes Sousa Lima, de 19 anos. Crime teria sido cometido após ela descobrir abusos contra as filhas

Modificado em 08/04/2025, 21:30

Homem preso pela Polícia Civil suspeito de matar ex-companheira (Polícia Civil/Divulgação)

Homem preso pela Polícia Civil suspeito de matar ex-companheira (Polícia Civil/Divulgação)

O inquérito que apura o desaparecimento de Míria Mendes Sousa Lima, de 19 anos, foi concluído com o indiciamento do empresário Adair Gonçalves, de 53 anos, pelos crimes de tortura, estupro, feminicídio tentado, feminicídio consumado e ocultação de cadáver. Ele teria matado a companheira e queimado o corpo na fornalha de uma cerâmica de sua propriedade.

A jovem desapareceu no dia 18 de agosto de 2023 em Guaraí, na região centro-norte do estado. A cerâmica passou por perícia após a Polícia Civil receber informações de que o corpo dela teria sido queimado no local, após a morte.

Adair foi preso preventivamente em março deste ano. Na época, uma testemunha disse que recebeu informações de que ele confessou a uma terceira pessoa que matou Míria.

A defesa do indiciado informou que recebeu o resultado do indiciamento com 'indignação e surpresa' e que 'serão empenhados esforços para comprovar a inocência de Adair' (veja nota na íntegra no fim da reportagem).

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Possível motivação

O motivo do crime, segundo a polícia, seia porque Adair teria abusado sexualmente das filhas de Míria. Ela teria descoberto os abusos e isso levou o indiciado a matá-la. "Já ao final das investigações, fomos surpreendidos com essa nova informação [...] Nesse sentido, após os fatos terem sido descobertos por Míria, esta acabou sendo morta e com requintes de crueldade", explicou o delegado Joelberth Nunes de Carvalho.

Míria vivia com o indiciado e sofria violência física e psicológica. Ela já tinha tentado matá-la jogando-a de um carro em movimento, conforme a polícia.

"Chama a atenção a violência e brutalidade que teria sido empregada pelo autor com o intuito de causar violência física e psicológica na vítima, que era obrigada a praticar sexo contra sua vontade e, muitas vezes com outras pessoas, e de forma violenta", explicou Joerberth.

Além das agressões contra Míria, a polícia apurou que Adair também cometeu crimes semelhantes com outros mulheres e em diferentes cidades do Tocantins.

Os depoimentos que deu à polícia entraram em conflito, o que aumentou a desconfiança contra ele dentro da investigação. "Nas vezes em que foi instado a prestar depoimento, o indivíduo apresentou versões conflitantes que não condizem com a realidade dos fatos, o que nos motivou a intensificar as diligências investigativas com o intuito de descobrir as motivações para esses crimes bárbaros", disse o delegado Antonione Wandré, que também está à frente do caso.

Fornalhas da cerâmica de propriedade do suspeito foram periciadas nesta sexta-feira (4) (PCTO/Divulgação)

Fornalhas da cerâmica de propriedade do suspeito foram periciadas nesta sexta-feira (4) (PCTO/Divulgação)

A polícia recebeu informações que levaram às equipes a realizarem a perícia na cerâmica do suspeito na sexta-feira (4). O objetivo era buscar algum indício de que o corpo da jovem foi destruído no local.

Após ser concluído o inquérito policial foi enviado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para a adoção das medidas legais do caso.

Íntegra da nota da defesa

A defesa manifesta indignação e surpresa com o indiciamento do nosso constituinte, destacando a desnecessária espetacularização do caso, que tramita desde o início em segredo de justiça, mas tem cada andamento reportado em tempo real à mídia, talvez com o objetivo de atrair protagonismo a quem não conseguiu elucidar um suposto crime mesmo após mais de 2 anos de investigação. A equipe de defesa reforça que serão empenhados esforços para comprovar a inocência de Adair. Vinícius Moreira, Wagner Nascimento, José Augusto Nascimento e Leonardo Almeida (advogados).

Geral

Agricultor é condenado a 15 anos de prisão acusado de matar a namorada após descobrir traição

Crime teria sido motivado por ciúmes após réu encontrar mulher dormindo com amante. Condenado não poderá recorrer em liberdade

Modificado em 08/04/2025, 14:13

Fórum de Xambioá, norte do Tocantins (TJTO/Divulgação)

Fórum de Xambioá, norte do Tocantins (TJTO/Divulgação)

O agricultor Antônio Carlos Alves dos Santos foi condenado a 15 anos de prisão pelo assassinato da namorada Luzilene da Silva Santos. A vítima foi morta a facadas enquanto dormia em uma casa em Xambioá, na região norte do estado.

O advogado Radu Carlos Borges Serbu, que defende o agricultor, afirmou que vai recorrer da decisão.

O crime aconteceu em fevereiro de 2020, após uma festa com a presença de amigos e parentes. Segundo a sentença, o homem agiu movido por ciúmes ao descobrir uma traição da vítima na manhã seguinte à festa.

Conforme o documento, Luzilene teria combinado um encontro sexual com o amante e foi para o quarto dele no meio da noite, após o réu adormecer. Ao acordar, o acusado constatou a traição e pegou a faca que usou para atacar a mulher.

Luzilene teve hemorragia aguda após ser apunhalada no coração com um único golpe, conforme o laudo pericial do caso. O reú fugiu do local sem prestar socorro.

Faca que teria sido utilizada no crime foi apreendida (Polícia Militar / Divulgação)

Faca que teria sido utilizada no crime foi apreendida (Polícia Militar / Divulgação)

Durante o julgamento, o conselho de sentença reconheceu a materialidade e a autoria do crime, por maioria de votos, e decidiu pela condenação do agricultor, de 36 anos, pelo crime de feminicídio qualificado.

Após a sessão, o juiz José Carlos Ferreira Machado, da Comarca de Xambioá, fixou a pena em 15 anos e nove meses de reclusão e decretou a prisão preventiva do réu. Ele não terá direito a recorrer em liberdade.

Geral

Polícia faz buscas após receber informações de que homem jogou corpo de mulher desaparecida em fornalha de cerâmica

Míria Mendes Sousa Lima está desaparecida desde agosto de 2023 e seu ex-companheiro foi preso em março deste ano suspeito de feminicídio e ocultação de cadáver. Investigação tenta apurar versões contraditórias dadas pelo suspeito sobre o desaparecimento da vítima

Modificado em 04/04/2025, 19:35

Fornalhas da cerâmica de propriedade do suspeito foram periciadas nesta sexta-feira (4) (PCTO/Divulgação)

Fornalhas da cerâmica de propriedade do suspeito foram periciadas nesta sexta-feira (4) (PCTO/Divulgação)

Uma cerâmica foi periciada pela Polícia Civil nesta sexta-feira (4) em Guaraí, na região centro-norte do estado. A ação faz parte da investigação sobre o desaparecimento de Míria Mendes Sousa Lima. O local pertence ao homem suspeito de matar e ocultar o corpo da vítima, que era sua ex-companheira.

A mulher desapareceu em agosto de 2023. O suspeito foi preso em março deste ano durante a Operação Déjà-vu . Segundo o delegado Antonione Vandré de Araújo, informações apontam que o corpo da vítima pode ter sido incinerado nas fornalhas do local.

A Polícia Civil já recebeu informações fidedignas de que o corpo de Míria teria sido jogado pelo suspeito na fornalha da cerâmica. No entanto, até o momento, todos os informantes, que relataram essa possibilidade, se recusaram a formalizar suas declarações ou a informar suas respectivas identidades, relatando intenso temor em relação à periculosidade do investigado", disse o delegado.

Na época do desaparecimento Míria tinha 19 anos. O investigado, de 52 anos, é ex-companheiro dela. Ele foi preso preventivamente por suspeita de feminicídio e ocultação de cadáver em março deste ano. Ele não teve o nome divulgado, por isso, o g1 não teve acesso à sua defesa.

De acordo com o delegado Joelberth Nunes, nesta fase da investigação, a perícia nas fornalhas é necessária para esclarecer as versões contraditórias dadas pelo suspeito sobre o desaparecimento de Míria. "Mesmo diante de inúmeros indícios de autoria, ele insiste em negar qualquer envolvimento no desaparecimento da vítima", contou.

Em um dos depoimentos, o suspeito teria tentado afastar a suspeita de que brigou com Míria no dia do crime, alegando que a briga teria acontecido entre a vítima e uma funcionária da casa onde moravam.

Ao ser ouvida, essa funcionária "negou veementemente qualquer desentendimento com Míria, afirmando que, durante todo o período em que trabalhou na casa, jamais teve qualquer tipo de conflito com a vítima", informou o delegado Antonione.

Histórico de violência

De acordo com a investigação, meses antes do desaparecimento o suspeito teria empurrado Míria de um veículo em movimento. O homem teria feito a mesma coisa com outra ex-companheira em uma cidade da região do Bico do Papagaio.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o suspeito possui registros de crimes cometidos com extrema violência física e psicológica contra pelo menos outras duas ex-companheiras. Uma delas afirmou ter sido torturada pelo investigado. A informação foi divulgada durante a Operação Déjà-vu.

Míria, portanto, teria sido a terceira vítima do investigado. O nome da operação remete à repetição de atos violentos e a uma constante vivência de terror por parte das vítimas do investigado, evidenciando um padrão de violência de gênero que se perpetua ao longo do tempo contra diversas mulheres com quem o investigado se relacionou", informou a SSP na época de sua prisão.

Viaturas da Polícia Civil durante perícia em cerâmica (PCTO/Divulgação)

Viaturas da Polícia Civil durante perícia em cerâmica (PCTO/Divulgação)

Versões do desaparecimento

De acordo com a Polícia Civil, o homem convivia com Míria em união estável. Inicialmente, ele relatou que no dia 18 de agosto de 2023 Míria teria deixado a casa onde moravam e não entrou em contato desde então. Segundo o suspeito, na ocasião, ela teria tido um surto psicótico, agredido uma funcionária e saído sem dizer para onde iria.

Também afirmou que, antes de partir, a mulher teria deixado a filha e um documento de modificação da guarda da criança que tinha menos de dois anos de idade. Mas essa versão sofreu diversas contradições ao longo da investigação.

O relato do investigado foi contestado pela mãe de Míria , que registrou boletim de ocorrência relatando o desaparecimento da filha. Ela contou que Míria não havia sido mais vista ou contatada por familiares desde o dia 21 de agosto de 2023, quando sua última atividade nas redes sociais foi registrada.

Conforme a polícia, em entrevistas, o suspeito também teria fornecido versões contraditórias sobre o destino de Míria, incluindo alegações de que ela teria ido para Goiânia com outro homem, mas sem fornecer detalhes concretos.

A investigação segue em andamento, enquanto as autoridades tentam esclarecer completamente o desaparecimento e a suposta morte de Míria, cujo corpo não foi localizado .

Conforme a SSP, há diligências em andamento com o objetivo de aprofundar os fatos e elucidar o crime. O suspeito continua preso preventivamente, aguardando a conclusão do inquérito e da instrução processual penal.

Informações que possam contribuir com a elucidação do caso podem ser repassadas de forma anônima pelos canais oficiais da Polícia Civil do Tocantins, incluindo o Whatsapp (63) 3464-1418.