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Inflação pode transformar presente em lembrancinha no Dia das Mães, em Goiás

Diomício Gomes/O Popular
Mesmo com inflação, comércio mantém boa expectativa para as vendas do Dia das Mães

A inflação em alta pode transformar o presente em lembrancinha no Dia das Mães, o que também é influenciado pela alta na taxa de juros, pois o crédito está mais caro. Assim, a segunda melhor data para o comércio promete mudanças no perfil de compra. Em 2022, presentear com flores tem peso semelhante ao que a compra de um secador de cabelo tinha no ano passado, como mostra pesquisa divulgada pelo Procon Goiás.  

Levantamento realizado em 21 estabelecimentos comerciais entre 26 de abril e 2 de maio, em Goiânia, mostra que há encarecimento nos principais itens procurados nesta data, de perfumes aos eletrônicos. Em relação aos valores encontrados no ano passado, o órgão encontrou o maior aumento médio nos eletrodomésticos, 63,54% de alta. 

Um secador de cabelo vendido por R$99 passou para R$161,90 este ano, por exemplo. Enquanto isso, com R$100 é possível comprar, entre as alternativas, uma orquídea. Diante desse cenário, o superintendente do Procon Goiás, Levi Rafael Cornélio, afirma que uma das principais dicas para os filhos é pesquisar.   

“Orientamos bater perna para fazer o dinheiro render”, pontua ao lembrar que entre os estabelecimentos foi encontrado variação de até 129% no valor de um mesmo produto. “O consumidor perdeu o poder de compra, os preços mudam e uma loja de rua pode ter valores mais baratos do que em um shopping e ainda há a internet”, cita.  

Em meio às promoções e alternativas que as lojas apresentam para atrair o consumidor, o superintendente alerta que uma das principais dúvidas é sobre a troca do presente. “Tem lojas que aceitam e outras não, por isso orientamos que ambas as partes, consumidor e fornecedor, fiquem atentos para as informações.” 

Expectativa
Presidente da Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi avalia que a data comemorativa chega em momento em que as pessoas ainda não recuperaram a condição financeira que tinham antes da pandemia de Covid-19, mas há boa expectativa em relação a volume de vendas. “As pessoas continuam dando presentes, é a segunda melhor data.”

Por outro lado, reconhece que é esperada uma queda no ticket médio. “Não sei se daria o adjetivo de lembrancinha, mas será um presente mais barato.” Com isso, explica que as lojas buscam facilitar o pagamento, porque os clientes vão procurar facilidades. “O valor de R$100 não permite comprar um eletrodoméstico, mas uma roupa de modinha, produto de maquiagem e vale toda a estratégia e criatividade para atrair o consumidor.” 

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