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Investigação sobre chacina continua após morte de Lázaro Barbosa

O titular do 24º Distrito Policial em Ceilândia (DF), Raphael Seixas, responsável por investigar a chacina de uma família na região, crime que deu origem às buscas por Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos, disse a reportagem que a investigação continua mesmo com a morte do fugitivo. Só naquela delegacia, Lázaro é citado como suspeito em outros quatro inquéritos, todos por roubo.

Ao todo, Lázaro respondia por cinco inquéritos no 24º DP. Além da morte do empresário Cláudio Vidal, de 48 anos, da esposa, Cleonice, de 43, e dos filhos do casal, Gustavo, de 21, e Carlos Eduardo, de 15, no dia 9 de junho, ele também era investigado por um roubo no dia 17 de maio, cujo inquérito foi remetido para a Justiça nesta segunda-feira (28) e mais outros três roubos ocorridos após a chacina na região do Incra 9.

Raphael diz que apesar de agora não ter como interrogar Lázaro para esclarecer alguns pontos sobre os crimes ainda há pontos no inquérito que precisam ser esclarecidos, como a possibilidade de envolvimento de comparsas no crime e as motivações. Para ele a morte cria um obstáculo, mas não impede a continuidade das investigações.

O delegado diz que até o momento não tinha informação que apontasse que Lázaro cometia os crimes por encomenda ou tivesse algum chefe ou mandante para roubos e para o latrocínio. Ele até poderia trabalhar com cúmplices nos roubos, o que não foi descartado, mas agia para roubar mesmo. 

O titular da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), Rodney Miranda, disse em entrevista após a morte de Lázaro que ele tinha uma rede de apoio e que poderia estar atuando como jagunço ou segurança de fazendeiros da região, que abrange Cocalzinho de Goiás e Águas Lindas. “Pode ser que durante as buscas a polícia de lá (Goiás) descobriu mais coisas que levou a secretaria a fazer tal afirmação”, disse Raphael, se referindo à declaração de Rodney.

Ainda segundo Raphael, crimes como os cometidos por Lázaro - roubos a chácaras, à noite, com violência - são incomuns em Ceilândia e com a morte dele devem cessar. Durante a investigação da chacina, o delegado diz ter identificado pessoas em Ceilândia que poderiam dar apoio para ele, mas que Lázaro não teria voltado para o DF durante sua fuga que durou 20 dias.

Divulgação
Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos
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