João Teixeira de Faria, mais conhecido como João de Deus, foi condenado a mais de 118 anos de prisão pelos crimes de estupro, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. As quatro sentenças são do juiz Marcos Boechat Lopes Filho, da comarca de Abadiânia, Entorno do Distrito Federal, são referentes a 18 vítimas. Elas foram divulgadas nesta sexta-feira (15) e cabe recurso.Ainda nos textos,o juiz determinou que o religioso pague uma indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil às vítimas. Somadas as penas das 17 ações penais julgadas em primeira instância, o médium foi condenado a 489 anos e 4 meses de prisão.A reportegem tentou contato, por ligação e via mensagem, com a defesa do médium João de Deus, mas até a última atualização desta matéria, não obteve retorno.Nas sentenças divulgadas nesta sexta-feira (15), o médium foi condenado a um total 118 anos, 6 meses e 15 dias de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de estupro, violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável.Apesar das condenações, João de Deus foi absolvido, contudo, da acusação de crime contra as relações de consumo, por insuficiência de provas quanto à autoria.O Tribunal de Justiça também informou que já analisou seis apelações feitas pela defesa de João Teixeira de Faria contra sentenças condenatórias. Duas delas estão em fase de recurso no Superior Tribunal de Justiça e ainda não foram julgadas.No total, o médium foi denunciado em relação a crimes praticados contra 66 vítimas e condenado em relação a 56 delas. Foi reconhecida a extinção da punibilidade pela decadência ou prescrição em relação a 120 vítimas.Relembre o casoAs denúncias contra João Teixeira de Faria vieram à tona no dia 7 de dezembro de 2018, quando mulheres deram entrevistas ao programa Conversa com Bial, da TV Globo. Elas denunciaram que foram abusadas sexualmente pelo idoso durante atendimentos espirituais na casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.João de Deus está preso em regime domiciliar em Anápolis. Após a repercussão, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) criou uma força-tarefa para investigar as denúncias contra o suposto médium. O órgão chegou a receber mais de 300 denúncias contra o acusado de crimes sexuais.