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Jovem internada após rampa desabar em festival de rap recebe alta da UTI

Arquivo/Lorena Moreira
Estudante de biologia Giovanna Moreira Salerno, de 20 anos, vítima do desabamento de uma rampa no Rap Mix Festival, em Goiânia

A estudante de biologia Giovanna Moreira Salerno, de 20 anos, vítima do desabamento de uma rampa no Rap Mix Festival, em Goiânia, recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Urgências de Goiás (Hugo). A jovem é considerada uma das vítimas mais graves do acidente. Ela está internada desde 9 de julho, quando houve o desabamento.

"Um milagre de Deus!! Não só pra mim mas para toda equipe médica", afirmou a mãe da estudante, Lorena Moreira. De acordo com o hospital, Giovanna foi transferida para a enfermaria na segunda-feira (24). Atualmente ela apresenta quadro regular estável. 

“Ela está respondendo muito bem aos medicamentos, está lutando pela vida. Está dando tudo certo. Agradeço as orações de todos”, celebrou o pai da jovem, Tércio Jullian Salerno.

A estudante foi ao festival acompanhada do namorado e amigos. No momento em que estavam indo embora do evento, a estrutura de uma das rampas que ligava o gramado à arquibancada desabou. A estudante sofreu uma fratura no crânio e precisou passar por cirurgia de urgência.

Desabamento é investigado
A Polícia Civil já ouviu 50 vítimas do desabamento de uma das rampas do Rap Mix Festival. Segundo o delegado Thiago Martimiano, responsável pela investigação, os depoimentos são unânimes ao apontarem a falta de organização e estrutura do evento. Entre os ouvidos, segundo o delegado, praticamente todas as vítimas possuem lesões graves, como fraturas no fêmur, pés, coluna e bacia. 

“Todos reclamam do atendimento, pois após a queda não haviam pessoas suficientes para fazer o resgate. Há relatos, inclusive de feridos, que ajudaram a carregar macas de seus amigos que tinham também se ferido. E relatos de que no ambulatório não havia estrutura suficiente. Pessoas com fraturas expostas, sangrando, que ficaram cerca de 1h30 no chão esperando atendimento. Não são ralados e hematomas, são lesões graves”, afirma o delegado.

Martimiano explicou os relatos dizem que a rampa estava lotada no momento da queda. Porém, somente a partir da conclusão da perícia, será possível afirmar se o excesso de pessoas colaborou ou não com a queda da estrutura.

Em nota, a empresa Winner Records, uma das organizadoras do evento, disse que "é prematura qualquer opinião sobre as causas do acidente, o qual precisa ser minuciosamente investigado". Destacou que desde o acidente têm procurado atender a todas as vítimas, e que confia no trabalho da polícia e na Justiça.

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