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Laudo aponta múltiplas lesões em menino morto em Goianésia; madrastra é suspeita

Reprodução/TV Anhanguera

O exame necroscópico no corpo de Davi Luiz Rodrigues Rosa, de 7 anos, indicou múltiplas lesões, principalmente nos membros superiores e inferiores. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) descartou abuso sexual. O menino morreu na quarta-feira (16),  em Goianésia, no Vale do São Patrício, após ser espancado pela madrasta com consentimento do pai. O casal está preso.

Nesta quinta-feira (17), um grupo com cerca de 40 pessoas depredou a casa onde a criança vivia com o pai e a madrasta. A Polícia Militar foi acionada, dispersou os moradores e ninguém foi preso.

Em depoimento, o pai de Davi,  André Luiz Santos Rosa, de 25 anos, contou que na segunda-feira (14) ao sair para trabalhar estava tudo bem e não havia brigas em casa. No entanto, ao voltar o filho reclamou de dores na barriga e ao ser questionado se queria ir ao hospital, ele negou. Na quarta-feira (16), o menino acordou vomitando, foi levado para o hospital, mas acabou morrendo. Relatório médico indica que o garoto chegou à unidade de saúde já sem vida.

A mãe e o pai da criança tinham um acordo, de que ele passaria um ano na casa de cada um. Mas, no ano passado, a madrasta, Vanária Rodrigues da Silva Rosa, de 25, ligou para a mãe de Davi e disse que não queria ficar com ele por conta do comportamento do menino. Desde então, a mãe tentava levar o menino para a casa dela, mas o pai não deixava.

Relembre:

Davi deu entrada no Hospital Municipal de Goianésia (HMG) na madrugada de quarta-feira (16) sem os sinais vitais e com marcas de lesões pelo corpo. A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) prendeu em flagrante a madrasta Vanária Rosa, e o pai André Luiz ainda na quarta-feira sob acusação de homicídio.

Vanária, que é garçonete, confessou à delegada Ana Carolina Pedrotti que agrediu a criança com chutes e chineladas na segunda-feira (14). O pai foi preso por não ter prestado socorro ao filho. Ele teria ficado com o filho desde o dia da agressão até a morte do garoto, sem prestar socorro O casal foi encaminhado para a Unidade Prisional de Goianésia.  “O Código Penal prevê que o pai tem o dever de agir. Ele tinha conhecimento, viu que o menino provavelmente estava bastante mal e ciente disso, não prestou socorro nem na segunda, nem na terça, que ele ficou o dia inteiro em casa”, contou Pedrotti.

O casal se mudou para Goianésia há três meses e a criança vivia com o pai desde os três anos de idade. Um inquérito policial foi instaurado e pelo menos sete testemunhas já foram ouvidas. Após a prisão em flagrante por homicídio, a delegada pediu também a prisão preventiva dos dois e aguarda manifestação do Ministério Público de Goiás (MP-GO).

A reportagem não localizou a defesa do casal. O espaço segue aberto.

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