A mãe de Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, morreu nesta quarta-feira (3), em São Paulo, em decorrência de complicações clínicas após contrair Covid-19. Regina Modesti Hang tinha 82 anos e estava internada desde o fim de dezembro num hospital da rede Prevent Sênior da capital paulista.A idosa apresentou um quadro febril no dia 27 de dezembro. No dia seguinte, recebeu o diagnóstico de que estava com Covid-19 e foi internada com 95% dos pulmões afetados.No hospital, Regina precisou ser intubada e, com o agravamento de seu quadro respiratório, foi submetida a uma traqueostomia.Ela, porém, não resistiu a uma sepse (infecção generalizada) e morreu. Regina costumava acompanhar o filho nas inaugurações das lojas Havan, que já somam 155 unidades em 17 estados do país.Luciano Hang , 58, não se manifestou publicamente sobre a morte da mãe. Procurada, a assessoria de imprensa do empresário emitiu a seguinte nota:" É com profunda tristeza que a Havan comunica o falecimento de Regina Modesti Hang, 82 anos, mãe de Luciano Hang.Dona Regina sempre esteve ao lado do filho, presente nas inaugurações e nos momentos mais importantes destes quase 35 anos de história de Havan. Era nossa 'cliente número 1', a primeira a comprar em cada filial inaugurada pelo Brasil. Cozinheira de mão cheia, todas as terças-feiras fazia questão de cozinhar, recepcionar a família e os convidados da Havan.A dor desta grande perda não é sentida apenas pela família Hang, mas dividida entre a grande família Havan. Dona Regina ficará marcada por sua simplicidade e generosidade, na memória e no coração dos que passaram por sua vida. Dona Regina deixa dois filhos, João Luiz e Luciano, noras, netos e bisnetos. A celebração de despedida será em família.'Aqueles que passam por nós não nos deixam sós, deixam um pouco de si e levam um pouco de nós'."O empresário, a mulher, Andrea, e os três filhos também se contaminaram com o coronavírus. Luciano e Andrea tiveram sintomas da doença e se internaram na unidade Dubai do Hospital Sancta Maggiore, no bairro do Morumbi, na capital paulista.Após o jornal Folha de S.Paulo revelar a internação do casal por causa da Covid-19, Luciano Hang publicou um vídeo em suas redes sociais no qual dizia que estava no hospital, acompanhando a internação da mãe, quando soube que também havia sido infectado pelo coronavírus.Ele recebeu alta hospitalar na noite do dia 20 de janeiro. "A vida é uma só e temos que lutar com todas as forças para preservá-la. Prefiro pecar pelo excesso do que errar sem ao menos tentar", disse ele ao sair do hospital.TRATAMENTO PRECOCEO empresário de Santa Catarina é um dos mais conhecidos expoentes do bolsonarismo. Na pandemia tem promovido o uso da hidroxicloroquina, da azitromicina e da ivermectina como "tratamento precoce" ao coronavírus.Hang defende que além do kit de medicamentos, o "tratamento precoce" inclui a prática de atividade física, boa alimentação e o uso de vitaminas C e D, além de zinco.Os medicamentos defendidos pelo empresário não têm eficácia contra o vírus comprovada por estudos científicos.Além de promover o tratamento não amparado pela ciência, Hang já encabeçou protestos contra o fechamento do comércio em Pelotas, no Rio Grande do Sul, no momento em que a cidade gaúcha estava afetada pela subida de casos e mortes por Covid-19."A prefeita fechou a cidade por cinco dias em pleno Natal. Imagina o pequeno comerciante que acreditou na política dizendo que não ia mais fechar, contratou mais gente, comprou mais produto, pagou o 13º, como é que fica?, disse Hang, em um vídeo, após o protesto realizado em 11 de dezembro de 2020.A prefeita Paula Mascarenhas (PSDB), reeleita no pleito de 2020, compartilhou uma foto da aglomeração causada pelo protesto, diante da prefeitura, acompanhada dos dizeres: "alguém acha que dessa forma vai se conseguir vencer a pandemia?".Numa live em que explicou seu processo de internação por Covid-19, o empresário disse ser a favor da vacina contra o coronavírus e criticou a politização da imunização.