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MEC divulga corte de 18% no orçamento e servidores da UFG entram em estado de greve

Reprodução/ Site UFG

Os trabalhadores técnico-administrativos em educação (TAEs) das Instituições Federais de Ensino Superior (UFG, IFG e IF Goiano) e do HC-UFG/Ebserh declaram estado de greve para toda a categoria em assembleia geral realizada na manhã de hoje (17) no auditório da Biblioteca Central da UFG.

A proposta apresentada pelo Governo Federal para a UFG implica os seguintes percentuais de redução para 2017: 18,3% nos recursos de custeio e 45% nos recursos de capital. Esses percentuais foram apurados supondo que o orçamento de 2016 será integralmente liberado até o final do ano - se isto não ocorrer, a diminuição será ainda maior. Os senadores devem votar os projetos na semana que vem.

A soma dos recursos para o pagamento de água, luz, telefone, limpeza, vigilância, material de consumo, terceirizados (chamadas despesas de custeio), obras e equipamentos (chamadas despesas de capital) serão reduzidos, em média, 20% para o conjunto das instituições, quando comparados a 2016. Há que se considerar que a inflação prevista para o ano de 2016 é de 9,32% e que este percentual de perda se somará ao corte de 20% proposto para o orçamento de 2017, o que representará uma redução total de aproximadamente 30%.

A Comunidade universitária está apreensiva com as medidas do governo. Diante do fato, o reitor da UFG, Orlando Amaral, divulgou hoje uma nota no site da universidade afirmando que, se os cortes forem confirmados, a universidade será incapaz de realizar suas atividades de forma plena.

Em nota, a universidade afirma que a concretização dessas reduções inviabilizará o desenvolvimento, em sua plenitude, de inúmeros programas e ações em andamento nas UFG e em outras UFs, incluindo aqueles vinculados diretamente às atividades de ensino, pesquisa e extensão, o que poderá significar uma ameaça à qualidade acadêmica de seus cursos de graduação, de pós-graduação e à execução dos projetos de pesquisa e extensão. Segundo a instituição, a situação se agrava ainda mais pelas reduções de bolsas do CNPq e do custeio da pós-graduação pela Capes.

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