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Mulher descobre gravidez quando vai a posto buscar atendimento para dor e parto ocorre no banheiro

Reprodução TV Anhanguera
Maria Cristina, com a filha, Ana Vitória

Aos 37 anos e com uma gestação anterior, Maria Cristina Rodrigues levou um susto ao buscar ajuda na Unidade de Pronto Atendimento de Senador Canedo na noite de quarta-feira (18). Já era tarde quando ela foi ao local para conseguir atendimento para dores que sentia na barriga. Ela informou os sintomas e foi orientada a tomar um analgésico para, então passar por exames. Mas neste momento ela pediu para ir ao banheiro rapidamente. Ao chegar lá, se agachou para fazer xixi quando percebeu que era um parto. Ela pediu ajuda, mas a criança, que foi batizada de Ana Vitória, nasceu ali mesmo, dentro do banheiro.

Médico da UPA, Thiago Ribeiro não estava no plantão, mas explicou que a paciente teve muita sorte. “Claro que aqui na unidade de saúde ela teria atendimento, mas neste plantão havia uma residente em ginecologia e obstetrícia que pôde realizar os procedimentos necessários até que fosse encaminhada para a maternidade.” O médico acrescenta que a mulher não tinha ideia de que estava esperando um bebê e que ficou assustada. “Depois do procedimento inicial, foi levada para a maternidade, onde continua internada. Pelo que soubemos, está bem.”

O médico ginecologista e obstetra e diretor clínico da Maternidade Municipal de Senador Canedo, Rogério Cândido Rocha diz que o nascimento da menina foi registrado à 1 hora da manhã de quinta-feira (19). “Elas chegaram aqui já no pós-parto e estão bem, mãe e filha.” Ele detalha que a menina passou por exames e que está tudo bem com ela. “Foi um risco porque não houve pré-natal, não houve acompanhamento gestacional, mas as duas estão bem e a mãe está muito feliz.” As duas têm previsão de receberem alta neste sábado.

O médico diz que a mãe informou que seus ciclos menstruais são irregulares e que não teve sintomas de gravidez. “É relativamente comum. Cerca de 20% das mulheres apresentam poucos ou nenhum sintoma na gravidez. Além disso, muitas mães só vão sentir os movimentos do bebê por volta do quinto ou sexto mês.” O médico acrescenta que a obesidade pode ser fator que colaborou para a situação inusitada. “Ela nos contou que sentia uma coisa ou outra e sempre que se queixava com familiares, eles diziam que poderia ser sintoma de mioma, cisto ou outro problema. Ela não associou com gravidez.”

Rogério Cândido Rocha diz que estas situações não são raras, apesar de incomum. Como não ocorreu o pré-natal, não é possível dizer, com certeza, de quantas semanas Maria Cristina estava gestante. Pelas avaliações dos médicos pediatras da unidade, a estimativa é de que sejam 38 semanas. “Como a menina está saudável e a mãe está bem, estamos todos muito felizes.”

A mãe está contando com a ajuda dos profissionais do hospital porque não fez enxoval para a menina. Ela ganhou algumas peças de roupa de outras mães que também estão na unidade, além de fraldas e uma banheira.

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