Surge mais um caso de gêmeos conjugados, conhecidos popularmente como siameses, em Goiás. Andressa Vaz da Silva, de 23 anos, está grávida de pouco mais de seis meses e os exames apontam uma união dos irmãos pela região sacral, na parte baixa da coluna. Equipe médica explica a situação (veja vídeo abaixo), e diz que qualquer possibilidade de separação só pode ser estudada após o nascimento. O cirurgião pediátrico Zacharias Calil afirma que, pelos exames atuais, é possível ver que os gêmeos não compartilham órgãos vitais, diferente do caso das irmãs Eloá e Valentina. Nesse caso, qualquer procedimento de separação é menos complexo. “Precisa ver como está essa coluna deles, a gente precisa ver se são unidos pela mesma bainha”, explicou Calil. O médico ressalta que, pelo fato de estarem unidos pelas costas, com a possibilidade de dividirem parte da coluna, existem chances de alguma sequela após eventual separação. Apesar do cuidado, esses diagnósticos só serão possíveis no futuro. “Agora tem que esperar o nascimento para ver qual a possibilidade de separar e com qual idade”, resumiu. O cirurgião, que possui experiência com operações de separação de gêmeos, reforça que qualquer procedimento só pode ser considerado e avaliado conforme a equipe médica acompanhe o crescimento dos irmãos. Apesar das incertezas, Dr. Calil revela que, até o momento, a gravidez de Andressa segue dentro da normalidade. Quando questionado sobre as condições físicas e técnicas dos hospitais de Goiás para acompanhar esse tipo de casa, Calil responde: “Hoje, em termos de Brasil, Goiás tem o hospital infantil mais bem preparado”. Por fim, o médico ainda destaca que todo o processo é feito através do Sistema Único de Saúde (SUS). A gestaçãoAndressa Vaz da Silva, a mãe dos gêmeos, conta um pouco mais sobre sua gestação. A dona de casa de 23 anos diz que até o segundo mês não sabia que estava grávida de gêmeos, e ela só foi descobrir da união dos meninos próximo do quarto mês de gestação. Agora, Andressa e seu companheiro Luan se mudaram da propriedade rural onde viviam para a casa de um tio, em Piracanjuba. O casal conseguiu com a prefeitura um carro para transporte deste município até Goiânia, a fim de seguir com os tratamentos do pré-natal. A mãe já segue as recomendações médicas para manter uma boa saúde durante a gestação, já que o desenvolvimento dos bebês a partir de agora vai ser decisivo para qualquer possibilidade futura de separação. A família pede por doações para ajudar no custeamento dos tratamentos futuros, para doar é só enviar um pix para a chave ‘70863215165’. A poucos meses do parto, Andressa, Luan e a pequena Alice, filha de um ano e meio do casal, aguardam a chegada dos irmãos José Randolfo e José Neto.