A Prefeitura de Goiânia vai terceirizar o serviço de limpeza do sistema de drenagem na capital, incluindo o desassoreamento das galerias, a remoção de entulho das margens e dos leitos, serviço mecanizado e manual e até mesmo o dimensionamento hidráulico e mapeamento das redes. O edital do processo licitatório foi divulgado nesta semana e está previsto para ter a abertura das propostas no próximo dia 10 de janeiro. A estimativa é que o Paço gaste, por um contrato de 12 meses, R$ 22,6 milhões, em um processo no qual a vencedora será a empresa que oferecer um menor custo.O serviço de limpeza da rede de drenagem hoje é realizado de forma descentralizada. A Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), que tem o contrato de limpeza urbana, também realiza a retirada de resíduos das proximidades dos bueiros, enquanto a própria Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) faz a remoção de lixo dos bueiros e da rede em geral. Já a Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) é a responsável pela limpeza dos córregos em si, e para tal contratou a empresa Goldman Saneamento por adesão à ata da contratação desta pela Seinfra para a limpeza robotizada das galerias pluviais de Goiânia.A reportagem tentou contato com a Seinfra na tarde de ontem para esclarecer qual a diferença entre os contratos existentes e a nova contratação que será realizada, mas não obteve resposta até o fechamento da reportagem. A licitação ocorre justamente em uma época que as chuvas fortes voltam a acontecer na capital e a gerar estragos a partir de enchentes e alagamentos. Na justificativa para a licitação, a Prefeitura descreve que historicamente “o sistema de manejo de águas pluviais e drenagem urbana da capital vem se desenvolvendo em ritmo acelerado, prejudicando o planejamento e desenvolvimento do sistema de drenagem pluvial”.Ela complementa ainda que “mesmo situando-se em uma região de relevo mais suave, Goiânia possui uma geologia que resulta em solos mais susceptíveis a processos erosivos, agravados pelo desmatamento oriundo a ocupação urbana” e cita que foram identificados 97 pontos com ocorrência de alagamentos, enchentes e inundações na cidade. Há pontos históricos que ficam alagados como a Avenida Feira de Santana, no Parque Amazônia e a Avenida 87, no Setor Sul.O assoreamento das galerias e bueiros, com a permanência de resíduos nos locais é visto como um dos motivos principais para os problemas. A licitação pretende contratar serviços de bombeamento de resíduos para atuar em ocorrências de extravasamentos em vias públicas, chuvas torrenciais, alagamentos ou enchentes. Além disso, a empresa realizará o desassoreamento das galerias e lançamentos nos córregos, limpeza mecanizada, onde couber, e manual das margens, leitos, canais, bacias e redes de drenagem, além de mapeamento e imagens das galerias pluviais da cidade.