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Perícia conclui que homem que teve infecção após colocar facetas morreu de causa natural

Reprodução TV Anhanguera
Luiz Carlos das Dores, de 56 anos, morreu meses após colocar facetas dentárias

O servidor público Luiz Carlos das Dores, que teve uma infecção após colocar facetas dentárias, morreu de causa natural, concluiu o laudo Polícia Técnico-Científica. O homem, de 56 anos, realizou o procedimento em maio de 2022, em Goiânia, e, segundo o esposo dele, a dentista Jamilly Silva, que fez o tratamento estético, foi negligente.

O laudo de perícia criminal afirma que a morte foi causada por um choque cardiogênico devido doenças preexistentes com uma falência múltipla de órgãos, que colaboraram para quadro clínico gravíssimo apresentado pela vítima. Além disso, o documento destaca ainda que o óbito nem teve relação com tratamento odontológico realizado por Luiz Carlos.

Na época da denúncia, a dentista publicou nas redes sociais uma carta aberta em que acusou o viúvo de Luiz Carlos, Benedito Antônio Nascimento, de propagar “notícias falsas” e negou que tenha sido negligente com o paciente. “Sempre seguimos todos os procedimentos autorizados, não havendo qualquer negligência da nossa parte”, escreveu.

O Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CRO-GO) também se posicionou sobre a morte do servidor e destacou que o procedimento realizado por ele é "minimamente" invasivo. “Possivelmente não foi a causa ou agravante da morte”, afirmou o presidente do órgão, Renerson Gomes dos Santos, durante uma entrevista coletiva à imprensa.

Com a conclusão do laudo da perícia, a reportagem procurou a defesa da dentista, mas obteve sucesso. Ao G1 Goiás, o advogado afirmou que aguarda a conclusão do inquérito policial e do processo administrativo no CRO-GO para tomar as providências cabíveis em face das pessoas que denunciaram Jamilly. A reportagem não localizou os familiares do servidor para um posicionamento.

A reportagem também falou com a delegada Myrian Vidal, que estava à frente do caso, mas ela informou que não está mais com o caso. Por isso, questionamos à Polícia Civil (PC) sobre quem é o novo investigador responsável pelo inquérito e sobre o andamento das investigações, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.

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