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Polícia confirma que vítima de Lázaro foi estuprada antes de ser morta

Divulgação
Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos

Uma das vítimas de uma chacina em uma chácara em Ceilândia, no Entorno do Distrito Federal (DF), foi estuprada por Lázaro Barbosa de Sousa, de 32 anos, morto durante uma ação policial na última segunda-feira (28) em Girassol, distrito de Cocalzinho de Goiás. Em entrevista coletiva, na tarde desta terça-feira (29), o delegado-chefe da 24ª Distrito Policial do DF, Raphael Seixas, afirmou que Cleonice Marques, de 43, foi violentada antes de ser morta com um tiro por Lázaro.

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O delegado explicou que o laudo comprovando o estupro deve ficar pronto até esta sexta-feira (2). Além da violência, informações do laudo mostram que uma das orelhas da vítima foi cortada, possivelmente, com ela ainda estava viva. A suspeita inicial era que o membro tinha sido decepado devido ao disparo.

Segundo Seixas, há vestígios e foi coletado material genético no corpo da vítima, espermatozoide, que está sendo confrontado com o padrão de Lázaro e do marido de Cleonice, que foi colhido no Instituto Médico Legal (IML). O investigador explica que o estudo é uma análise por exclusão e que vai definir o que realmente aconteceu. “Ela pode ter praticado ato sexual com o marido antes de ser vítima de estupro. Ela tinha lesões de arrastamento na região posterior da coxa, o que indica até o ato de ter sido arrastada ou o próprio ato de estupro e a negativa dela.” 

De acordo com a investigação da polícia, Lázaro invadiu a propriedade da família em 9 de junho e assassinou o empresário Cláudio Vidal, 48, e os dois filhos do casal, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15. Ao deixar a chácara, ele levou Cleonice. O corpo dela foi encontrado sem roupas no dia 12 de junho em um córrego em uma zona de mata próxima a BR-070.

Seixas afirmou ainda que não resta dúvidas de que Lázaro praticou esse quádruplo homicídio contra a família. “Foi identificado rapidamente e já havia outras investigações em andamento em que ele já estava identificado como autor.”

O delegado definiu Lázaro como audacioso, destemido e não pretendia se entregar a policia. “Circulou uma imagem dele praticando um roubo em Águas Lindas de Goiás e sozinho rendeu aproximadamente 12 pessoas. Ele não tinha medo. Pelo pouco que consegui apurar com parentes,  não iria se entregar.”

Sete inquéritos 

Lázaro é investigado em sete inquéritos na Polícia Civil do Distrito Federal, mas com sua morte será aplicado à extinção de punibilidade e as apurações continuam, estão sob sigilo judicial e nada será excluído. Seixas afirmou que tinha a expectativa de ouvi-lo, para entender se há outros envolvidos e as motivações. No entanto, o delegado afirmou que há outros meios para seguir com as investigações.

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