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Preço de material escolar em Goiânia pode variar até 299%, diz Procon Goiás

Pixabay

O preço do material escolar está, em média, 4,22% mais barato em relação a 2019, mas é preciso pesquisar, pois o Procon Goiás divulgou nesta quinta-feira (9), um levantamento onde constata variação de até 299% nos preços em Goiânia e a opção por marcas tradicionais encarece o produto em até 136%. O Procon Goiás visitou 10 papelarias da capital e pesquisou 122 itens que fazem parte da lista de material escolar.

Além das informações de preços, o relatório da pesquisa também tem o propósito de orientar os consumidores a respeito dos abusos praticados por algumas instituições de ensino com a inclusão de produtos proibidos na lista e ainda uma série de dicas e orientações ao consumidor pra evitar dor de cabeça após a compra.

Na comparação entre menor e maior preços entre os estabelecimentos pesquisados, o Procon Goiás tem o cuidado de comparar preços para produtos idênticos, ou seja, mesma marca e mesmo modelo. Mesmo assim, as variações são surpreendentes.

A maior variação registrada (299%) foi verificada na régua acrílica de 30 cm da marca Acrimet. Este produto foi encontrado a R$ 1,00 em um estabelecimento e a R$ 3,99 em outro.

Produtos mais baratos
Comparando os preços médios dos produtos que figuraram no levantamento de preços do ano passado e que permaneceram na pesquisa atual, percebe-se que, no geral, houve uma redução média nos preços de 4,22%. No entanto, individualmente, essa redução foi mais expressiva, chegando a 48,44%. É o caso, da lapiseira 7 mm da marca Cis (R$ 8,01 em 2019 para R$ 4,13 em 2020).

Marca tradicional
Sempre que possível, o consumidor deve avaliar e comparar preços considerando marcas diferentes. Contudo, deve ter em mente que produtos com marcas menos conhecidas não significam, necessariamente, uma qualidade inferior. Neste caso, essa equação de aliar preço à qualidade deve sempre estar na balança na hora da compra.

Vejamos o seguinte exemplo:

Uma caixa de lápis de cor – grande – com 24 unidades da Faber Castel, custa em média, R$ 32,18. Já o mesmo produto, porém de uma marca menos tradicional, custa R$ 13,62. Ou seja, a compra da borracha mais cara representa uma diferença de 136,27%.

Abusos na lista de material escolar
O valor da mensalidade escolar é definido pela escola com base na planilha de custos, que inclui todas as despesas de custeio, entre elas os materiais de uso coletivo. Desta forma, quando a escola inclui alguns desses itens de uso coletivo que não será utilizado no processo didático-pedagógico, incorre em prática abusiva, pois onera excessivamente o consumidor.

Segundo o Procon Goiás, quando surgir dúvida sobre algum item, questione junto à escola para qual finalidade o mesmo será utilizado. Por exemplo, há casos em que uma pequena quantidade de copos descartáveis ou pequena quantidade de papel higiênico, é solicitada para trabalhos de arte com colagem e pintura, e não necessariamente para uso pessoal coletivo.

Vale lembrar que a escola também não pode exigir marca, modelo ou determinar o local da compra do material escolar. Cabe aos pais adquirirem os produtos nos estabelecimentos de sua preferência.

Dicas para economizar
​Solicite junto à escola uma lista dos materiais que restaram do ano letivo anterior e avalie a possibilidade de reaproveitá-los como tesouras, caixa de lápis de cor, canetas, entre outros, antes de sair às compras.

Saiba que o consumidor pode, caso queira, adquirir somente os produtos que serão utilizados no primeiro semestre do ano letivo e, posteriormente, quando a demanda diminuir, poderá adquirir o restante do material.

Para acessar a planilha de preços, clique aqui

Para acessar o relatório da pesquisa, clique aqui

Veja algumas variações entre menor e maior preço:
Veja outros exemplos de aumento ou reduções médias
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