Geral

Preço do diesel ultrapassa o da gasolina em postos goianos

Ricardo Rafael
Para caminhoneiros, nova alta do diesel torna custos ainda mais difíceis de serem administrados

Após anúncio de alta feito pela Petrobras, o diesel ultrapassou o valor de todos os combustíveis em alguns postos de Goiás. Conforme dados da Secretaria de Economia, em levantamento de preços por meio da emissão de nota fiscal, o litro chegou a custar R$8,64 nesta segunda-feira (20). Esse é o caso de posto em Rio Verde, onde a gasolina estava R$7,29 até o início da tarde.  

Em Goiânia, não é diferente. Em alguns pontos, o diesel passou a ser comercializado por até R$7,99 e a gasolina a R$7,49. Uma inversão que ocorreu em vários locais no País logo depois de anunciado o reajuste nas refinarias, que passou a valer no último sábado (18). Porém, com efeitos que podem influenciar altas em diversos produtos e serviços.  

A Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) divulgou nota em que explica que aumento de 14,26% anunciada pela Petrobras acarreta a “necessidade de reajuste adicional de 5% a ser aplicado emergencialmente nos fretes”. A entidade defende que o principal insumo e outras altas de custos fazem com que ocorra o repasse de pressões para os transportadores.  

“O cavalo mecânico, por exemplo, teve seus preços reajustados em média 31,02%, semirreboque em 32,55%, pneus em 14,81% e, por fim, o acordo sindical da convenção coletiva dos trabalhadores do transporte vem fechando os acordos entre 10% e 12,47%”, pontua por nota a NTC&Logística. Assim, indica que transportadoras negociem a inclusão de gatilho para aumento do diesel nos contratos.

Autônomos 
Já do lado dos caminhoneiros autônomos, que já relatavam grande dificuldade de se manterem nas estradas, o novo aumento do diesel fez lideranças voltarem a se manifestar contra a Petrobras e o governo federal. Em vídeo encaminhado para transportadores e para imprensa, Wallace Landim, conhecido como Chorão, avisou que era hora de agir para que ocorram mudanças. 

Presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), ele afirma que “o País deve parar naturalmente, porque não há condições de rodar”. Apesar disso, caminhoneiros e também motoristas de outras áreas ainda não confirmam que haja uma data para que uma grave aconteça.

 

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